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Política

Janot pede ao STF perda de mandato de deputado do PT

O Procurador-Geral da República diz que o deputado Vander Loubet está envolvido com o esquema de corrupção na Petrobras.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decrete a perda do mandado do deputado petista Vander Loubet (MS), alvo da Operação Lava Jato.
Imagem: Evaristo Sá/AFPO procurador geral da República, Rodrigo Janot, pede ao STF perda de mandato do deputado Vander Loubet (PT-MS)(Imagem:Evaristo Sá/AFP)O procurador geral da República, Rodrigo Janot, pede ao STF perda de mandato do deputado Vander Loubet (PT-MS)

O deputado é acusado de recebimento de propinas que somaram 1,028 milhão de reais em um esquema de corrupção instalado na BR Distribuidora. Janot denunciou Loubet por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e o atribui a uma ligação com um “grupo criminoso” que repassava a ele valores ilícitos “em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobras Distribuidora S/A".

"O parlamentar, em conjunto com seus auxiliares, acabou aderindo à organização criminosa preordenada à prática de crimes de peculato, de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro no âmbito da BR Distribuidora", afirma o procurador na denúncia de 17 de dezembro.

O procurador pediu ainda a decretação da perda, em favor da União, dos bens e valores que sejam o objeto de lavagem de dinheiro. O valor originário é de 1,028 milhão de reais, acrescidos de juros e correção.

Janot quer a condenação do deputado e de outros denunciados, como familiares de Loubet e o ex-ministro de Collor, Pedro Paulo Leoni – “à reparação dos danos materiais e morais causados por suas condutas". O valor mínimo a ser cobrado será de 5 vezes mais do que a propina, somando 5,14 milhões de reais.

O procurador-geral aponta ainda "lesões à ordem econômica, à administração da Justiça, à administração pública e ao processo eleitoral, inclusive à respeitabilidade do Congresso Nacional perante a sociedade brasileira".

"Em razão de o Partido dos Trabalhadores deter praticamente metade da BR Distribuidora, Pedro Paulo Leoni Ramos tinha que repassar parte das vantagens indevidas também ao deputado federal petista Vander Loubet. Em compensação, Pedro Paulo tinha plena liberdade para implementar o esquema criminoso na Petrobras Distribuidora S/A, chegando a atuar inclusive nas diretorias politicamente indicadas pelo PT”, afirma.

"Vander Loubet, agindo como representante do Partido dos Trabalhadores em relação à BR Distribuidora, recebeu significativas vantagens pecuniárias indevidas de Pedro Paulo Leoni Ramos, por intermédio de Alberto Youssef, entre 2012 e 2014, para deixar de exercer a função parlamentar de fiscalização sobre a administração federal e permitir a livre atuação da organização criminosa voltada à prática de crimes de peculato, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro no âmbito da Petrobras Distribuidora S/A", assinala o procurador-geral da República.

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