Caso as mudanças combinadas por Dilma Rousseff com líderes dos partidos aliados aconteçam mesmo, o governo passará a ser comandado por um ministério pior e igualmente dispendioso – na prática, o enxugamento da máquina pode nem sequer alcançar os 200 milhões por ano anunciados no pacote fiscal do governo.
Uma das novidades dos bastidores do Planalto é a possível realocação do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na pasta da Educação, que ele já administrou no primeiro mandato da presidente Dilma.
Imagem: DivulgaçãoMercadante e Dilma
Quem assumiria em seu lugar seria Jaques Wagner, hoje na Defesa. Essa dança das cadeiras é uma tentativa de manter Mercadante, amigo da presidente Dilma, protegido em um cargo do governo enquanto o STF o investiga por uso de caixa dois na campanha de 2010.
Parlamentares de partidos aliados e inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideram insustentável a permanência de Mercadante como articulador político do Planalto.
Caso Wagner seja alçado ao cargo mais importante da Esplanada, seu padrinho e amigo, o ex-presidente Lula, terá forte influência nas negociações com o Congresso Nacional.
Nesse caso, quem sobra é Renato Janine, o “técnico” que a presidente escalou para comandar a “Pátria Educadora”, depois de apenas cinco meses no posto.
Outra mudança desastrosa por ser a extinção da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pela fiscalização de corrupção do Poder Executivo. A presidente cogita a incorporação de parte das atividades de controle interno do Executivo pela Casa Civil, ocupada por um quadro partidário do PT.
As investigações dos maiores escândalos de corrupção bateram à porta da Casa Civil desde que o ex-presidente Lula chegou ao poder e ministros foram derrubados em série.
Outra hipótese é que a CGU seja fatiada e que a Ouvidoria fique sob o comando do Ministério da Cidadania e a Corregedoria fique com o Ministério da Justiça. Aldo Rebelo, do Ministério de Ciência e Tecnologia, iria para a Defesa e a atual pasta de Aldo iria para o PSB que atualmente não integra o governo, mas que trabalhou mais de uma década com Lula e Dilma.
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