Andressa Martins
A primeira edição da revista britânica ‘The Economist’ de 2016 traz como reportagem da capa a “Queda do Brasil”. A presidente Dilma Rousseff aparece cabisbaixa e com os olhos fechados. A publicação faz uma retrospectiva das crises econômicas e políticas que assolam o país e prevê um ano desastroso.
Apesar da proximidade das Olimpíadas, o clima não é de festa. A revista diz que o país encara um “desastre político e econômico”, mas que no início de 2016 o deveria estar bem preparado para fazer o que sabe fazer de melhor: uma festa linda.
A perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch, ainda em dezembro, foi citada pela revista. A publicação também comenta a saída de Joaquim Levy da Fazenda menos de um ano depois de ser nomeado por Dilma.
A revista fala que o governo do PT era hostil com Joaquim Levy e não cooperou com ele. Para a publicação, ao primeiro teste de Barbosa, que entrou no lugar de Levy, será convencer o Congresso Nacional a trazer o ICMS de volta.
O The Economist diz que a previsão é que a economia caia entre 2,5% e 3% e compara o Brasil com países que passaram dificuldades. "Mesmo a Rússia, rica em petróleo, que enfrentou diversas sanções, deve crescer mais", disse.
O texto fala também do descrédito do governo devido aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que tem a Petrobras como principal alvo e diz que apenas decisões difíceis colocariam o país de volta ao curso, mas Dilma não possui “estômago” para tomá-las.
"Somente escolhas difíceis podem colocar o país de volta nos eixos, mas, por enquanto, a presidente Dilma não parece ter estômago para isso", diz. O possível impeachment da presidente Dilma também é citado negativamente e a acusa de tentar esconder o tamanho do déficit fiscal do Brasil.
A Economist lembra que durante seu primeiro mandato, Dilma gastou de forma imprudente e concedeu incentivos fiscais a setores improdutivos e com isso o déficit fiscal saltou de 2% do PIB em 2010 para 10% em 2015.
"A esperança é que o Brasil, que alcançou, a duras penas, a estabilidade econômica e política, não se perca em uma má gestão crônica e bagunçada", conclui a reportagem.
Imagem: The Economist/Reprodução
"Queda do Brasil" é o título da primeira reportagem de capa da revista britânica The Economist em 2016
"Queda do Brasil" é o título da primeira reportagem de capa da revista britânica The Economist em 2016Apesar da proximidade das Olimpíadas, o clima não é de festa. A revista diz que o país encara um “desastre político e econômico”, mas que no início de 2016 o deveria estar bem preparado para fazer o que sabe fazer de melhor: uma festa linda.
A perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch, ainda em dezembro, foi citada pela revista. A publicação também comenta a saída de Joaquim Levy da Fazenda menos de um ano depois de ser nomeado por Dilma.
A revista fala que o governo do PT era hostil com Joaquim Levy e não cooperou com ele. Para a publicação, ao primeiro teste de Barbosa, que entrou no lugar de Levy, será convencer o Congresso Nacional a trazer o ICMS de volta.
O The Economist diz que a previsão é que a economia caia entre 2,5% e 3% e compara o Brasil com países que passaram dificuldades. "Mesmo a Rússia, rica em petróleo, que enfrentou diversas sanções, deve crescer mais", disse.
O texto fala também do descrédito do governo devido aos desdobramentos da Operação Lava Jato, que tem a Petrobras como principal alvo e diz que apenas decisões difíceis colocariam o país de volta ao curso, mas Dilma não possui “estômago” para tomá-las.
"Somente escolhas difíceis podem colocar o país de volta nos eixos, mas, por enquanto, a presidente Dilma não parece ter estômago para isso", diz. O possível impeachment da presidente Dilma também é citado negativamente e a acusa de tentar esconder o tamanho do déficit fiscal do Brasil.
A Economist lembra que durante seu primeiro mandato, Dilma gastou de forma imprudente e concedeu incentivos fiscais a setores improdutivos e com isso o déficit fiscal saltou de 2% do PIB em 2010 para 10% em 2015.
"A esperança é que o Brasil, que alcançou, a duras penas, a estabilidade econômica e política, não se perca em uma má gestão crônica e bagunçada", conclui a reportagem.
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