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Política

"Não nasci senador e não vou morrer senador", diz Delcídio

O senador está ciente da grande possibilidade de perder o mandato.

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, recebeu nesta terça visita de políticos do Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral, e assumiu que dificilmente manterá seu mandato.

"Não nasci senador e não vou morrer senador. Cumpri meu papel", afirmou o senador, segundo relato do presidente estadual do PT no Estado, Antônio Carlos Biffi. Nesta quarta-feira foram estabelecidas as regras sobre os procedimentos de visitas ao parlamentar.
Imagem: RepdoduçãoDelcídio do Amaral continua preso(Imagem:Repdodução)Delcídio do Amaral continua preso

De acordo com portaria da Polícia Federal, Delcídio está autorizado a receber pessoas nos horários de 10h às 11h ou de 15h às 16h. Na prática, essas regras já haviam sendo adotadas desde que o senador foi preso, na quarta-feira (25).

Delcídio foi preso sob acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Devido à falta de definição por parte do Supremo Tribunal Federal, contudo a Polícia Federal resolveu emitir um documento oficial sobre o assunto.

"Ele está bem ciente das dificuldades que vai enfrentar. Mas, para ele, a filiação partidária e o mandato são coisas menores. O foco dele é explicar a armação que foi feita", afirmou Biffi. Os deputados federais Vander Loubet (PT-MS), Zeca do PT (PT-MS) e Dagoberto (PDT-MS) e o prefeito de Jardim, Erney Cunha (PT) também visitaram o senador preso.

No mesmo dia da conversa dos parlamentares com Delcídio, a Rede Sustentabilidade e PPS apresentaram ao Conselho de Ética do Senado um pedido de investigação contra Delcídio. A iniciativa pode resultar na cassação do mandato do senador.

"O ano legislativo acaba no dia 22 e, se não me falha a memória, só o prazo para o Delcídio se defender é de dez a quinze dias. Tivemos vários processos anteriores. Nenhum caso foi decidido com menos de 60 dias", afirmou João Alberto (PMDB-MA), residente do Conselho de Ética.

João Alberto votou para que Delcídio fosse solto. "Eu não votei pela permanência dele na prisão. Não achei que era flagrante. E também achava que ele deveria ter tido o contraditório. Não significa que eu não possa mudar minha opinião no andar do processo", ressaltou.

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