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Política

Cerveró deixa cadeia para passar fim de ano com a família

Benefício consta em acordo de delação premiada.

Por volta das 11h30 desta quarta-feira (23), o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba para passar as festas de fim de ano com a família.

Com a delação premiada, Cerveró passou a ser colaborador da Operação Lava Jato. Os advogados do ex-diretor afirmaram que a saída já estava prevista no termo firmado com o Ministério Público Federal.
Imagem: Albari Rosa/Agência de NotíciasO ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, embarca no Aeroporto Internacional de Curitiba (PR) rumo ao Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (23) (Imagem:Albari Rosa/Agência de Notícias)O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, embarca no Aeroporto Internacional de Curitiba (PR) rumo ao Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (23)

Durante o período que Cerveró tiver fora da prisão, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica e por escolta policial. A volta para a prisão está prevista para o dia 2 de janeiro.

A saída do doleiro Alberto Youssef também estava prevista, mas ele permanecerá na cadeia, visto que, de acordo com o advogado dele, o acordo não foi favorável ao cliente.

A polícia Federal e o Ministério Público Federal acreditam que por ter estado na condição de diretor Internacional da Petrobras, Cerveró se beneficiou do esquema de fraude, corrupção e desvio de dinheiro, recebendo propinas milionárias em virtudes de diferentes contratos da Petrobras. A compra da refinaria Pasadena, nos EUA, também está sendo investigada.

Cerveró foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de janeiro, em janeiro deste ano. Ele já foi detido duas vezes pela Justiça Federal por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Delação

Cerveró teve a delação homologada após a divulgação de uma gravação feita durante uma reunião do senador Delcídio do Amaral com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o filho de Cerveró, Bernardo.

Bernardo gravou a conversa com um celular escondido e durante a conversa eles discutiram um plano para evitar que Cerveró assinasse um acordo de delação premiada. A delação de Cerveró citava pagamento de propina aos senadores Renan Calheiros (PMDB), Jader Barbalho (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT).

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