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Política

Eduardo Cunha afirma que não vai renunciar após buscas da PF

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência oficial, na casa e no escritório do presidente da Câmara.

Nesta terça-feira (15) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a Operação Lava Jato poupa políticos do PT e mira no PMDB. Horas após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão em sua residência oficial em Brasília, em sua casa e em seu escritório no Rio de Janeiro, Eduardo Cunha concedeu entrevista coletiva.
Imagem: DivulgaçãoEduardo Cunha é alvo da operação(Imagem:Divulgação)Eduardo Cunha é alvo da operação

A ação da Polícia Federal desta terça foi batizada de Catilinárias e contou com 12 policiais e três viatura. Segundo dados da PF, os agentes chegaram por volta das 6 horas e a busca na casa do deputado durou mais de cinco horas. A ação faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

"Todo dia tem a roubalheira do PT sendo fotografada e de repente fazem uma operação do PMDB. Tem alguma coisa estranha no ar", disse Cunha. O presidente da Câmara afirma ainda que permanece “tranquilo” e que é “absolutamente inocente”. Eduardo Cunha voltou a dizer que não irá renunciar ao cargo.

O presidente da Câmara também estranhou a realização da operação no mesmo dia em que foi realizada reunião do Conselho de Ética para analisar seu processo e na véspera da decisão do STF sobre o rito do processo do impeachment, mas diz que a Polícia Federal está fazendo seu trabalho.

"Houve 53 mandados de busca e apreensão. Entre eles, em três endereços meus. Minha residência oficial em Brasília, minha residência no Rio de Janeiro e no meu escritótio. Até aí, nenhum problema. Nada de mais, faz parte do processo investigativo", disse.

"O que estranho é a gente estar no momento no dia que vai ter o Conselho de Ética e na véspera da decisão do processo de impeachment e de repente deflagram uma operação. A denúncia foi feita quatro meses atrás", complementou.

Eduardo Cunha acusou o governo de “revanchismo” e de querer desviar a “atenção da mídia” do processo de impeachment de Dilma.

"Governo quer desviar a mídia do processo de impeachment e colocar em mim e ao PMDB a concentração dos atos [investigados pela Operação Lava Jato]. [...] Nada mais natural do que ele querer buscar revanchismo", acusou Cunha, que é declaradamente adversário político do governo Dilma.

Operação Catilinárias

A Operação deflagrada nesta terça (15) pela Polícia Federal teve como foco principal políticos ligados ao PMDB, partido do vice-presidente. Além de Cunha, o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) também foram alvos da operação.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, encaminhou pedido para entrar na casa de Renan Calheiros, mas o ministro Teori Zavascki negou autorização para a PF apreender documentos e outras provas na casa de Renan.

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