O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de ter sido ligado a um suposto pagamento de propina do banco de investimentos BTG Pactual, disse que “provavelmente” deve adiar o anúncio sobre a abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O deputado havia estipulado para esta segunda-feira (30) o prazo máximo para se manifestar sobre os sete pedidos de impeachment da presidente. Cunha relacionou ainda o surgimento da anotação que indica pagamento de propina (R$ 45 milhões) a ele e a peemedebistas aos processos contra Dilma.
"Esse assunto tem de ficar muito claro para não confundir a minha decisão com ele. Eu acho até que o fato de ter anunciado que eu ia decidir hoje pode ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então, provavelmente, eu não decidirei hoje em função disso", disse Cunha.
Irritado
Pessoas próximas a Eduardo Cunha confirmaram que o episódio o deixou bastante irritado e que isso pode interferir na sua decisão sobre os processos contra a presidente Dilma.
Propina
Agentes da Polícia Federal encontraram um documento com anotações de propina na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira.
O documento indica que o BTG Pactual teria pago R$ 45 milhões a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG.
“Armadilha”
Eduardo Cunha convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30) para “reagir com bastante indignação” à documentação encontrada pela PF. Cunha não escondeu irritação e classificou o episódio como uma “armação” e uma “armadilha”.
O presidente da Câmara disse ainda não conhecer o assessor Diogo Ferreira, mas admitiu conhecer André Esteves. Cunha se justificou dizendo que também se reuniu com outros presidentes de bancos, entre eles Roberto Setúbal, do Itaú e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
"Não tenho a menor dúvida de que ocorreu uma armação. O fato é absolutamente inexistente. A emenda que eu fiz prejudicou esse interesse que estão falando. Não havia o que comemorar se o que foi aprovado é contrário aos interesses dos bancos em liquidação", afirmou Eduardo Cunha.
Imagem: Ueslei Marcelino/ReutersEduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados
O deputado havia estipulado para esta segunda-feira (30) o prazo máximo para se manifestar sobre os sete pedidos de impeachment da presidente. Cunha relacionou ainda o surgimento da anotação que indica pagamento de propina (R$ 45 milhões) a ele e a peemedebistas aos processos contra Dilma.
"Esse assunto tem de ficar muito claro para não confundir a minha decisão com ele. Eu acho até que o fato de ter anunciado que eu ia decidir hoje pode ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então, provavelmente, eu não decidirei hoje em função disso", disse Cunha.
Irritado
Imagem: Ueslei Marcelin/ReutersEduardo Cunha diz que documento que o associa à propina é "armação"
Pessoas próximas a Eduardo Cunha confirmaram que o episódio o deixou bastante irritado e que isso pode interferir na sua decisão sobre os processos contra a presidente Dilma.
Propina
Agentes da Polícia Federal encontraram um documento com anotações de propina na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira.
O documento indica que o BTG Pactual teria pago R$ 45 milhões a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG.
“Armadilha”
Eduardo Cunha convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30) para “reagir com bastante indignação” à documentação encontrada pela PF. Cunha não escondeu irritação e classificou o episódio como uma “armação” e uma “armadilha”.
O presidente da Câmara disse ainda não conhecer o assessor Diogo Ferreira, mas admitiu conhecer André Esteves. Cunha se justificou dizendo que também se reuniu com outros presidentes de bancos, entre eles Roberto Setúbal, do Itaú e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
"Não tenho a menor dúvida de que ocorreu uma armação. O fato é absolutamente inexistente. A emenda que eu fiz prejudicou esse interesse que estão falando. Não havia o que comemorar se o que foi aprovado é contrário aos interesses dos bancos em liquidação", afirmou Eduardo Cunha.
Ver todos os comentários | 0 |