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Política

PSDB pede saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara

O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP) apresentou o texto a deputados da bancada.

Nesta quarta-feira (11), o PSDB divulgou uma nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB). O pedido foi feito por conta das acusações de o deputado ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Semana passada, o partido havia lançado uma nota conjunta com outros partidos em que pedia o afastamento do presidente do cargo, mas evitava fazer cobranças diretas a ele.

Imagem: Sergio LimaEduardo Cunha , presidente da Câmara dos deputados (Imagem:Sergio Lima)Eduardo Cunha , presidente da Câmara dos deputados

De acordo com o G1, o partido informou na nota que a sigla reintera o que foi dito na nota anterior, acrescentando apenas que as explicações de Eduardo Cunha para as acusações de que tem contas no exterior foram "insuficientes".

Imagem: Fernanda Calgaro/ G1O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP) apresentou o texto a deputados da bancada.(Imagem:Fernanda Calgaro/ G1)O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP) apresentou o texto a deputados da bancada.

O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP) apresentou o texto a deputados da bancada.

"[O PSDB] Reitera, de forma ainda mais veemente, posição firmada em nota emitida em outubro, logo depois do surgimento de documentos contra Cunha, oportunidade em que defendeu o seu afastamento da Presidência da Câmara face à gravidade das acusações", disse no texto.

Em entrevista, o deputado Carlos Sampaio disse que a explicação de Eduardo Cunha não convenceu a bancada do PSDB nem o país, fazendo alegações soltas, sem o necessário respaldo e provas.

Explicações

Eduardo Cunha  afirmou em entrevista, que o dinheiro mantido no exterior é “lícito” e proveniente da venda de carne no Zaire (atual República do Congo) e seriam sido acumulados quando ele era uma espécie de “caixeiro-viajante” na década de 1980.

“Veja bem, a minha declaração à CPI pode ser facilmente defendida. Eu não tenho conta no exterior, não sou proprietário ou acionista, cotista de empresa offshore no exterior. O que tenho é um contrato com um truste que passou a ter a propriedade nominal de ativos meus de origem antiga. E desses ativos, administrados e geridos pelo truste, eu sou usufrutuário em vida, em condições pré-contratadas, e por familiares meus, em morte”, afirmou.

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