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Política

Aécio Neves critica retaliação do governo federal ao estado do Piauí

Zé Filho deixou de apoiar Dilma, após o governo não enviar recursos para a operação carros-pipas no estado.

O senador e candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) chegou à Teresina por volta das 17h40 e concedeu uma entrevista coletiva no Aeroporto Petrônio Portela, na zona norte de Teresina. Na coletiva ele falou sobre a retaliação que o governo do Piauí estaria recebendo do governo federal e fez várias críticas sobre a forma de governar da presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo Aécio Neves, não é aceitável que o Governo Federal continue com retaliações ao governador Zé Filho (PMDB), após a sua decisão de apoia-lo em vez da candidatura de Dilma Rousseff. Zé Filho deixou de apoiar Dilma, após o governo não enviar recursos para a operação carros-pipas no estado.

Aécio Neves, que foi governador de Minas Gerais que possui 853 municípios, disse entender as dificuldades que o Piauí passa ao não receber recursos do Governo Federal.
Imagem: Nehemias Lima/GP1Aécio Neves em coletiva para a imprensa no aeroporto de Teresina(Imagem:Nehemias Lima/GP1)Aécio Neves em coletiva para a imprensa no aeroporto de Teresina
“Em primeiro lugar, eu quero dizer que a minha experiência em Minas Gerais, onde temos uma vasta região, que tem um IDH abaixo do Nordeste, e eu me refiro no lado do Jequitinhonha, no Vale do Mucuri em Minas Gerais. No meu mandato, após oito anos de governo, eu havia investido três vezes mais per capita nessa região do que no restante do estado. O que eu quero dizer é que venho aqui propor uma grande parceria, com o Piauí e com o governador. Porque é absolutamente inadmissível a retaliação que o Piauí vem sofrendo do governo federal. Isso é indigno, isso não é republicano. O governo federal acha que é dono do dinheiro público. E não é. Não existe dinheiro do governo federal, estadual e tão pouco dinheiro municipal. Existe dinheiro público. Que tem que ser transferido para as unidades da federação, independentemente da posição política do governante. O meu governo será de parceria. Quero lamentar de público, e fazer essa denúncia, dessa ação mesquinha de setores do governo federal, que vem punindo não o governador Zé Filho, mas a população do Piauí. Nós vamos resgatar essa parceria. Vamos lançar dentre poucos dias, o programa Nordeste Forte, onde vamos detalhar o conjunto de ações que vamos fazer no campo da infraestrutura, das ações sociais, e também de ciência e tecnologia. Nós queremos que em 10 anos que o IDH do Nordeste alcance o do Brasil”, disse.

Aécio ainda afirmou que com a parceria com o governo do Piauí, irá acontecer investimentos em várias áreas. “Vai haver uma parceria, existem questões aqui graves, como na ausência de investimentos. Nós assistimos o governo federal fazendo portos em Cuba e aqui nós temos o Porto de Luís Correia esperando até hoje pelo investimento do governo federal. Infelizmente o governo federal busca parcerias só com aqueles que o apoiam. Mas esse tempo vai acabar, porque em primeiro de janeiro nós teremos um novo governo no Brasil”.
Imagem: Nehemias Lima/GP1Aécio Neves(Imagem:Nehemias Lima/GP1)Aécio Neves

Críticas ao governo federal

Aécio comentou a recente polêmica do governo federal, após ter sido descoberto o uso da rede de internet do Palácio do Planalto para alteração de perfis de jornalistas na Wikipédia, que é uma enciclopédia virtual.

“Infelizmente o que nós estamos assistindo hoje no Brasil, é a ação de um governo que preza muito pouco pela democracia. Se hoje, dentro do Palácio do Planalto, como foi investigado, altera-se perfis de jornalistas, imagina o que não vem fazendo com adversários no campo oposicionista. E se fazem isso é porque acham que haverá impunidade. Hoje nós estamos vendo no Brasil, um grupo político que assumiu o poder e perdeu a capacidade de apresentar para o Brasil um projeto transformador, generoso com as regiões que mais precisam. O PT hoje tem como objetivo, único e exclusivamente a sua manutenção no poder. Aí é esse vale tudo. Mas não adianta. O sentimento majoritário da população brasileira é por mudanças e isso significa, parceria com os municípios, não podemos assistir a federalização se esvair como está hoje, que municípios dependem da boa vontade da União para pagar a folha salarial, portanto nós queremos refundar a federalização, aprovar a pauta federativa no Congresso Nacional, resgatar a capacidade dos municípios. O que proponho é um tempo novo Brasil, mas generoso, onde não haja uma divisão entre nós e eles que o governo tenta fazer. Se hoje existe um pessimismo, não é com o Brasil, é com esse governo que está aí. Vamos dar um basta nisso. Vamos vencer no Piauí e no Brasil”, disse.
Imagem: Nehemias LimaAécio Neves e Zé Filho de saída para a carreata(Imagem:Nehemias Lima)Aécio Neves e Zé Filho de saída para a carreata

Segurança

O presidenciável afirmou que um dos focos do seu governo será pela segurança e falou sobre algumas ações que pretende fazer.

“Hoje é o dia internacional da juventude e o Brasil vive um verdadeiro genocídio de jovens. Em todas as regiões, em especial no Nordeste. No ano passado, foram 56 mil assassinatos no Brasil, mais que todas as guerras juntas ao redor do mundo. Eu digo isso, porque uma de nossas propostas centrais da nossa campanha é que o governo assuma o plano nacional de segurança pública. Irei transformar o Ministério da Justiça, em Ministério da Segurança Pública e Justiça. Com a proibição do contingenciamento dos recursos da área, como vem acontecendo hoje. Com a profunda reavaliação e atualização do nosso código penal e de processo penal para que a impunidade não continue hoje a conduzir as ações da criminalidade”.

Para a Aécio é preciso de mais investimentos na área e a retirada de policiais em áreas administrativas. “Temos 550 mil profissionais em segurança pública, de polícia militar e civil. Cerca de 15% estão em atividades administrativas. A União tem condição e subsidiar os estados pagando funcionários de área administrativa para que os policiais que fazem esse serviço, possam ir as ruas. É fundamental que haja uma articulação do governo federal com os estados. O governador sabe disso. É absolutamente necessário que cada governo estadual, saiba com o que possa contar a cada mês, para aumentar o seu efetivo. Investir em inteligência e ações de segurança. Nós não vamos permitir que o flagelo da droga, que hoje dissemina famílias inteiras, e que cresce em razão do absoluto descontrole das nossas fronteiras e com o tráfico de drogas e de armas sem controle. Não vamos permitir que a união continue omissa nessa questão. No meu governo, a omissão do governo federal, será substituído por ações ativas, com desenvolvimento, planejamento e com profunda reforma”, finalizou.

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