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Política

PSB paulistano quer agenda com Fernando Haddad para selar apoio a PT

Socialistas da capital tentam engajar militância na campanha do petista; acordos em RN, SP e Rio melhoraram o clima.

Integrantes do PSB paulistano organizarão nas próximas semanas eventos com a participação do candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, na tentativa de selar aliança entre os partidos. O objetivo é indicar que a militância socialista concorda em apoiar Haddad, apesar da resistência de dirigentes do PSB no Estado - aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Nos próximos dias, Haddad será convidado pelos socialistas da capital para participar de um encontro do Movimento em Marcha, grupo social ligado ao PSB paulista. Na segunda-feira passada o petista já havia se reunido com a juventude socialista. A direção nacional do PSB indicou que o partido deve apoiar Haddad na eleição paulistana, mas exige que a postura seja amparada por seus militantes - para evitar acusações de intervenção nas decisões locais. "O PSB tem uma posição que está sendo trabalhada na capital, mas temos de convencer a militância", disse o vice-presidente do partido, Roberto Amaral.

A iniciativa dos socialistas de São Paulo de organizar eventos com a participação de Haddad é uma tentativa de dar esse sinal de apoio ao comando da sigla.

Apoio do PT. O clima entre PT e PSB melhorou nos últimos dias, depois que os petistas deram sinais de que desistirão de candidaturas próprias em cidades consideradas estratégicas para apoiar os socialistas. Alianças estão praticamente fechadas em Mossoró (RN), Duque de Caxias (RJ) e Franca (SP).

Não há acordo sobre a eleição em Campinas, onde o PT oferece apoio ao PSB, mas pede que os socialistas desistam de ter um vice do PSDB. Os socialistas dizem que não pretendem desfazer seu compromisso com os tucanos. O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse a aliados que tem esperanças de receber o apoio dos petistas e, ao mesmo tempo, manter o PSDB na vice. Para ele, a decisão de apoiar Haddad passa essencialmente por um acordo em Campinas. Uma decisão é esperada até a segunda quinzena de maio.
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