A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) divulgou, na manhã desta terça-feira (27), o balanço final da Operação Rota Caipira, deflagrada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil. Ao todo, 15 pessoas foram presas, todas com mandados de prisão temporária, acusadas dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da SSP-PI, foram expedidos 18 mandados de prisão, dos quais foram cumpridos 15. Em relação aos outros três alvos de mandado, dois estão foragidos e um acabou morrendo em confronto com a Polícia Militar na cidade de Campo Maior no dia 20 de fevereiro. Ele foi identificado como Antônio Francisco Bento Araújo e era considerado a pessoa responsável pela execuções dos homicídios a mando do líder da organização criminosa.
“Dos dezoito alvos, a gente conseguiu executar quinze prisões. Uma delas não ocorreu porque um dos nossos investigados entrou em confronto com a Polícia Militar na cidade de Campo Maior, na semana passada, em uma situação de perseguição policial. Ele abriu fogo contra uma equipe e acabou indo a óbito. Ele era responsável pela execução de alguns homicídios no contexto de organização criminosa na cidade de Campo Maior”, afirmou Anchieta Nery.
Vínculo com o PCC
O delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, informou que os alvos da operação possuem vínculo com uma facção criminosa de São Paulo [Primeiro Comando da Capital]. Eles atuavam na logística da distribuição de drogas adquiridas em países da fronteira com o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, também, na lavagem do dinheiro obtido nessa prática criminosa.
“Eles são vinculados a uma facção criminosa com origem no estado de São Paulo. Identificamos esses grupos e, juntamente com a diretoria de inteligência e policiais civis de outros estados, região do estado de São Paulo e estado do Mato Grosso do Sul, nós conseguimos deflagrar essa operação”, detalhou Charles Pessoa.
Origem da investigação
O delegado Anchieta Nery esclareceu que as investigações que culminaram na operação iniciaram há cerca de 4 meses. Ele explicou que a Diretoria de Inteligência começa a investigar a existência de organizações criminosas, a partir de ações de delegacias especializadas, como o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e delegacias seccionais.
“A gente tem uma série de investigados que são monitorados periodicamente e eventualmente eles vão sendo presos, ou por delegacias seccionais da capital, do interior, pelo próprio Denarc, só que eles praticam tráfico de drogas no contexto de uma organização criminosa. E então o DRACO vem com esse trabalho, após haver uma prisão de tráfico, onde identificam o contexto de organização criminosa. O trabalho do DRACO com assessoria de uma agência de inteligência é entender a estruturação, se ali, realmente, tem o contexto de organização criminosa e aprofundar as investigações”, completou o diretor de Inteligência da SSP-PI.
Do total de 15 presos, nove pessoas foram capturadas no Piauí, três em São Paulo e três no Mato Grosso.
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