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Polícia Civil investiga acusados de usar nome do Hospital São Marcos para aplicar golpes

O inquérito foi instaurado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

A Polícia Civil do Piauí está investigando um grupo criminoso de mulheres do estado do Mato Grosso, acusadas de usar o nome do Hospital São Marcos para aplicar golpes em familiares de pacientes. O inquérito foi instaurado no dia 14 de junho deste ano pelo delegado Kleydson Ferreira, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

São apontadas como integrantes do esquema de estelionato cinco mulheres de iniciais L.C. da C.C., J. dos S.D., R.G.de M., D.R.F. de O. e E.A. da S.S. Três delas são de Cuiabá e duas de Várzea Grande, cidades mato-grossenses.


Foto: Lucas Dias/GP1Hospital São Marcos
Hospital São Marcos

De acordo com as investigações, o grupo aplicou golpe em familiares de três pacientes internados no Hospital São Marcos, entre os meses de abril e maio deste ano. Orientado pelas investigadas, homens ainda não identificados ligavam para os familiares se passando por médicos, pedindo dinheiro para realização de exames emergenciais. Com esses golpes, as acusadas obtiveram, ilicitamente, aproximadamente R$ 12 mil.

Em todas as situações, os acusados se passavam por um médico chamado Marcos Perillo e apresentavam informações detalhadas dos prontuários dos pacientes, aos quais, via de regra, somente os funcionários do hospital teriam acesso.

Primeiro golpe

O primeiro caso foi registrado no dia 29 de abril, quando um homem ligou para a sogra de um paciente, afirmando que o internado apresentava um sangramento no fígado e se não fosse contornado haveria falência múltipla dos órgãos e o consequente óbito. O suposto médico disse que o paciente precisava fazer duas tomografias no valor de R$ 3.700,00 e que estes novos procedimentos não eram liberados de forma imediata pelo seu plano de saúde, razão pela qual a família fez a transferência.

Segundo golpe

O outro episódio aconteceu na mesma data, quando o golpista informou ao filho de um paciente que havia sido identificado um sangramento na região da aorta abdominal e que a situação poderia agravar o quadro clínico. Alegando a necessidade de uma medicação, que o plano de saúde não cobriria, foi pedida transferência bancária e o filho do paciente transferiu R$ 4.550,00.

Terceiro golpe

Já o terceiro caso registrado ocorreu em 18 de maio, quando o golpista afirmou para a filha de um paciente que ele havia apresentado indicativo de sangramento no coração e que seria necessário realizar dois exames, pedindo a transferência de R$ 3.700,00, o que foi feito pela família.

Hospital ressaltou segurança dos dados

Intimado pela polícia, o gerente de Tecnologia da Informação do Hospital São Marcos disse acreditar ser impossível que alguém de outro estado consiga acessar o sistema sem as devidas credenciais. Ele afirmou que após o ocorrido o hospital está buscando maneiras de aprimorar a segurança do sistema e restringir ainda mais os acessos.

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