O homem identificado como Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, de 69 anos, que foi morto a tiros na manhã deste domingo (5), em frente a residência em que morava, em Mogi das Cruzes (SP), é considerado o maior assassino em série do Brasil. Na ficha criminal dele, constavam 71 homicídios, no entanto, ele ostentava já ter matado mais de 100 pessoas.
No momento em que foi morto, Pedrinho foi abordado por homens encapuzados que saíram de um veículo e mataram ele com pelo menos seis disparos de arma de fogo. A vítima é um dos homens mais perigosos do país, com extensa ficha criminal.
Quem era Pedrinho Matador?
Pedro Rodrigues Filho é natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Ele nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação.
O primeiro crime do serial killer foi quando ele tinha apenas 13 anos. Pedrinho afirmou que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão.
Cerca de um ano depois, aos 14 anos, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas em Minas Gerais, por demitir seu pai. Na época, o pai de Pedrinho foi acusado de furtar merendas destinadas aos alunos da escola onde ele trabalhava como guarda. Após matar o político, o criminoso também assassinou um outro vigia da unidade escolar, quem ele acreditava ser o verdadeiro responsável pelos furtos.
Após cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes em São Paulo, onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico de drogas. Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico da região e continuou assassinando os rivais.
Primeira prisão
Pedrinho Matador só foi preso pela primeira vez aos 18 anos, em 1973. À época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos.
Pedrinho justificava os homicídios que praticava alegando que matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traficantes, pois ele dizia que não aceitava algumas condutas criminosas. Ele reiterava que nunca matou crianças, mulheres e pais de família.
Vingança ao pai
Pedrinho jurou vingança ao próprio pai e quando ele tinha 20 anos, o pai dele foi cumprir pena no mesmo complexo prisional que ele estava, por assassinar a esposa com 21 facadas. Então, Pedrinho o assassinou com 22 golpes de faca.
“Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já, fiquei 42 anos preso. Meu pai estava preso, arrumei um ‘bem bolado’ e cheguei até a cela do meu pai. Eu falei no caixão da minha mãe e jurei vingança. Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo”, contou Pedrinho, durante participação no podcast Flow-Verso.
Liberdade
Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois, em 2011, acabou condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante seu cumprimento de pena. Ele teve de retornar à cadeia e cumprir mais 8 anos. Já em 2018, o serial killer foi liberado novamente, aos 64 anos, após cumprir 42 anos de pena.
Canal no Youtube
Antes de ser morto, Pedrinho mantinha um canal no Youtube chamado “Pedrinho ex-matador oficial“, onde ele conscientizava pessoas sobre o crime. Nos últimos anos de sua vida, o assassino participou de diversos podcasts contando sua trajetória, concedeu palestras em igrejas evangélicas e deu várias entrevistas comentando sobre a criminalidade no Brasil.
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