O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, concedeu entrevista ao GP1 na manhã desta quarta-feira (04) e afirmou que houve uma redução da criminalidade em Teresina durante o 1º quadrimestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado. Ele ressaltou que, apesar do resultado positivo, a situação em algumas cidades ainda preocupa.
“Quando verifica-se os números do quadrimestre, em relação ao quadrimestre do ano passado, eles caem para 4%. Em Teresina, se comparar somente o mês de abril de 2022 com abril de 2021, há uma redução aproximadamente de 30%. Nós estamos sempre em contato com as estatísticas da SSP e verificando, inclusive, quais são os municípios do estado onde estão ocorrendo mais mortes violentas. Você observa que são poucos municípios que concentram mais de 50% das mortes. Teresina é um deles, Parnaíba, Luís Correia e Floriano”, explicou.
Criminalidade no Litoral do Piauí ainda é preocupante
Luccy Keiko também revelou que a situação da criminalidade no litoral piauiense ainda preocupa as forças de segurança, principalmente com o alto índice de homicídios nas cidades de Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia, onde há registro da atuação de facções criminosas na briga pelo comando do tráfico de drogas.
“A planície litorânea realmente nos preocupa, tanto é que nós mantivemos contato com o secretário de segurança e a Força Estadual de Segurança foi designada para lá novamente, justamente para dar um apoio maior aos nossos colegas que estão na linha de frente. Recentemente, fizemos a apresentação de dados ao comando geral da PM, junto com alguns comandantes de batalhões, para que a gente empregue nossas forças realmente onde haja uma necessidade maior de repressão a esse tipo de crime”, ampliou.
Combate a facções criminosas e atuação do judiciário
O delegado geral ressaltou que a polícia tem trabalhado para reprimir a atuação de membros de facções no estado e pontuou a importância da celeridade do judiciário para a devida punição e cumprimento da pena dos acusados de crimes hediondos.
“O combate a esses indivíduos que se designam faccionados tem que ser constante. Esse debate tem que ser constante, inclusive, já levamos isso ao Ministério Público, ao Poder Judiciário, ainda ano passado, demonstrando a necessidade que realmente se enfrente esse problema como um problema de Estado, porque esse pessoal não pode cair nessa de ficar entrando e saindo do sistema prisional. Então, eles têm que ser julgados rapidamente. É o que a polícia espera quando faz o devido procedimento e o indiciamento, que se abra um julgamento célere desse pessoal para que eles não voltem para rua e continuem matando”, destacou.
Operações policiais
“As operações são uma necessidade, até porque nós temos que prestar contas com a sociedade, a sociedade tem que ver o que que a polícia está fazendo. A nossa operação de ontem foi muito boa, porque é aquele momento em que a gente se volta aos cumprimentos de mandados de pessoas que estão aí, foragidas, com mandados em aberto. Então, a gente percebe que geralmente logo após operações desse porte você passa uns dias com certa tranquilidade. É isso que a gente espera. Então, nós temos esse foco, de aumentar esse número de ações”, finalizou.
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