Peritos do Dedit (Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia) do Ministério Público do Rio de Janeiro, identificaram edição nas imagens do dia em que o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, afirmou ter sido agredido na cadeia pública José Frederico Marques.
Os peritos apontam pelo menos três fragilidades nas imagens da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) que mostram que não houve invasão à cela de Garotinho. As imagens apresentaram “interrupções atípicas”, imagem congelada e evidência de “interferência humana”.
- Foto: Wilton Junior / Estadão ConteúdoAnthony Garotinho
Manipulação
Um dos indícios de manipulação apresentado pelos peritos foi que duas câmeras estavam apontadas para o mesmo local, com data e hora sincronizadas, mas nas imagens de uma das câmeras os presos aparecem batendo palma para chamar atenção dos policiais e em outra, não aparecem.
Monitoramento “tosco”
O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) assumiu as investigações sobre a suposta agressão a Garotinho. Segundo Andréa Amin, do Gaesp, o sistema de monitoramento é "tosco".
“O monitoramento por câmeras em Benfica é tosco, facilmente manipulável. Qualquer pessoa que passa pode plugar, desplugar. Ter um sistema de monitoramento ridículo, pífio, faz parte do contexto [de benefícios a Cabral]”, afirmou Andréa.
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