Nesta quinta-feira (30), a defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) divulgou uma nota afirmando que ficou “perplexa” com a rapidez que o juiz federal Sérgio Moro proferiu a sentença que condenou o ex-presidente da Câmara dos Deputados a 15 anos de prisão. Ainda de acordo com a defesa, as alegações finais haviam sido entregues pelos advogados na última segunda-feira (27), três dias antes da sentença sair.
De acordo com o G1, Cunha foi considerado culpado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Essa é a primeira condenação do ex-presidente da Câmara na Lava Jato. Na ação, o ex-deputado foi acusado de receber propina em contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África.
- Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo Ex-deputado Eduardo Cunha
"A defesa protocolou as alegações finais no início da noite de segunda-feira. Causa perplexidade a velocidade com que a sentença foi proferida", diz o texto dos advogados de Cunha.
Ainda segundo a defesa, as alegações finais entregues foram algo de “mera formalidade”, já que "provavelmente" Moro já tinha uma minuta da decisão pronta.
"A peça da defesa, para o juiz, foi mera formalidade, eis que, muito provavelmente sua excelência já tinha, no mínimo, uma minuta de decisão elaborada; e, mais uma vez, tenta evitar que o STF julgue a ilegalidade das prisões provisórias por ele decretadas. Isso é lamentável e demonstra a forma parcial que aquele juízo julgou a causa", afirmou a defesa de Cunha.
Eduardo Cunha vinha cumprindo prisão provisória na Lava Jato desde outubro de 2016.
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