No Piauí estão ativas 556 tornozeleiras eletrônicas nas cidades de Teresina, Parnaíba e Luís Correia. De acordo com a Central de monitoramento eletrônico da Secretaria de Justiça (Sejus), o custo de uma tornozeleira é de R$ 275,00 mensais aos cofres públicos. No total das 625 tornozeleiras pedidas pela Sejus, apenas 556 estão ativas atualmente, gerando uma despesa mensal de mais de R$ 150.000,00 aos cidadãos piauienses, em torno de R$ 2 milhões anualmente.
A instalação de novas tornozeleiras foi suspensa, já que a oferta prevista no contrato com a atual empresa não conseguiu atender à crescente demanda pelo uso do equipamento. De acordo com Paula Barbosa, gerente de monitoramento eletrônico da Sejus, ainda essa semana a Agência de Tecnologia e Informação do Piauí (ATI) vai convocar as empresas que estão participando da licitação.
“São três empresas que estão correndo ao processo, não é uma decisão fácil, são muitos critérios a serem verificados, são detalhes que a secretaria está analisando”, contou.
Na semana passada, a Sejus suspendeu a instalação de novas tornozeleiras por falta dos equipamentos. A empresa que prestará o serviço terá que garantir 3.000 tornozeleiras para o estado. “Esse número parece ser grande, mas para não correr o risco de faltar novamente, tem que ser essa quantidade”, comentou Paula.
A empresa curitibana Spacecom teve seu contrato prorrogado até Julho de 2017, mas hoje não consegue atender a demanda. Ainda segundo a Sejus, desde que foram implantadas as tornozeleiras no estado, em 2013, apenas 14% dos monitorados voltam a praticar crimes e acabam retornando ao sistema prisional. As tornozeleiras que são encontradas com reincidentes, como foi o caso do acusado da morte do Major Mayron Soares, assassinado em um assalto no ultimo dia 21 de Março, retornam para a Sejus. Nelas são realizadas higienização e reparos e acabam retornando para outros presos.
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