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Secretário de Cocal e empresário estão na lista de foragidos do Gaeco

Operação foi realizada na manhã desta terça-feira (24), nos municípios de Cocal e Campo Maior, o Piauí, e em Tianguá, no Ceará.

Thais Souza/GP1 1 / 6 Autoridades presentes na coletiva Autoridades presentes na coletiva
Thais Souza/GP1 2 / 6 Riedel Batista, Delegado Geral Riedel Batista, Delegado Geral
Thais Souza/GP1 3 / 6 promotora Luana Azeredo promotora Luana Azeredo
Thais Souza/GP1 4 / 6 Luís Emínio Passos, Secretário de controle externo do TCU Luís Emínio Passos, Secretário de controle externo do TCU
Thais Souza/GP1 5 / 6 José Inaldo de Oliveira, Diretor de Informações Estratégicas e combate a corrupção José Inaldo de Oliveira, Diretor de Informações Estratégicas e combate a corrupção
Thais Souza/GP1 6 / 6 Erika Lobo, Superintendente da CGU Erika Lobo, Superintendente da CGU

Em coletiva realizada na tarde desta terça-feira (24), a promotora Luana Azevedo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), afirmou que a investigação que culminou na segunda fase da Operação Escamoteamento, se deu após a denúncia de uma vereadora e outros servidores públicos do município de Cocal.

“São os mesmos crimes da primeira fase da operação que estão sendo investigados, pois se trata do cartel de empresas que monopolizavam fraudar as licitações do município de Cocal e agora as suspeitas foram confirmadas com o auxílio dos servidores públicos de Cocal”, disse a promotora.


Segundo a promotora, a análise dos materiais apreendidos na fase anterior levaram aos novos mandados. “No fim da primeira fase, houve a análise do material apreendido, analisamos quebra de sigilo bancário, receptação de ligações telefônicas e obtivemos da ré Ana Carolina Portela todas essas medidas, que, após analisadas, resultaram na operação de hoje, que visou o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva. Aqui no estado do Piauí foram cumpridos mandados em Campo Maior e Cocal. Já no Ceará, foram cumpridos mandados em Tianguá", contou.

Foram presos na operação desta terça: Rodolfo Rodrigo Cardoso e Silva, Raimundo Nonato Ribeiro Franco Primo e Jhon Brendo Brito Oliveira. De acordo com a promotora, Rodolfo tem um vínculo com o atual prefeito de Cocal, Rubens Sousa Vieira. “Segundo informações coletadas por colaboração premiada, ele era responsável pelo recebimento da fatura e pelos repasses ao gestor municipal de Cocal”, disse.

Raimundo Nonato Ribeiro e Jhon Brendo Brito Oliveira foram membros da Comissão Permanente de Licitação do município. “Eles tinham todo o domínio da confecção da licitação, eles incluíam cláusulas que eram extremamente tendenciosas e beneficiavam exclusivamente as empresas que compunham o cartel. Não havia concorrência entre essas empresas. Esse cartel era comentado pelo empresário Carlos Cunha, que encontra-se preso em razão desses crimes. Todas essas empresas que entrassem na disputa iriam ganhar a licitação”, afirmou.

Ainda segundo a promotora, estão na lista de foragidos: Jefferson Rodrigues, que agia da mesma forma que Raimundo e Jhon Brendo e atualmente é secretário municipal de saúde de Cocal e ex-membro da comissão permanente de licitação; Francisco Helane Moreira de Arruda, que sucedeu Carlos na direção da organização criminosa e é empresário e proprietário de uma empresa de construções, e Lindomar Sousa Nunes, que é é sócio da RJ Construções e serviços.

O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, destacou a importância da operação para o Estado. “É importante essa operação porque ela é fruto de um trabalho de vários meses de investigação e que vai repercutir em outras operações que estão em andamento, não só do Ministério Público, mas também dentro da Polícia Civil, que apuram justamente desvio dos recursos públicos”, ressaltou.

Segundo a promotora Luana Azevedo, o prefeito do município de Cocal Rubens Vieira, teve clara participação nos crimes e está sendo investigado. “O prefeito está sendo investigado, existe indícios dele na organização criminosa, mas não há meios ainda, que possibilitam a prisão preventiva ou o mandado de busca e apreensão, mas a investigação já existe”, finalizou.

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