O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para investigar suposto contrabando do fóssil do dinossauro Irritator challengeri, extraído da região da Chapada do Araripe – situada nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco. O achado arqueológico está há muitos anos na Alemanha, para onde foi exportado ilegalmente.
Em portaria publicada nesta terça-feira (26), a procuradora Nicole Campos Costa converteu em inquérito um procedimento preparatório que já tramitava na Procuradoria da República no Piauí.
O inquérito está vinculado à 4ª Câmara de Coordenação e Revisão (Meio Ambiente e Patrimônio Cultural), que trata dos temas relacionados à flora, fauna, áreas de preservação, gestão ambiental, reservas legais, zona costeira, mineração, transgênicos, recursos hídricos e preservação do patrimônio cultural, entre outros.
Fósseis contrabandeados
Em julho do no passado, um grupo de pesquisadores divulgou uma carta conjunta, encaminhada ao Governo da Alemanha, pedindo a restituição do fóssil ao Brasil. Um dos estudiosos que lidera essa campanha é o professor Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que também é diretor do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI.
Repatriação de fósseis
Pesquisadores brasileiros têm se empenhado para conseguir a repatriação de fósseis exportado ilegalmente para outros países. Um caso recente aconteceu em junho do ano passado, quando houve a repatriação do fóssil Ubirajara jubatus, que viveu há 110 milhões de anos na região do Geoparque do Araripe, mas foi levado para a Alemanha por pesquisadores estrangeiros na década de 1990, e se encontrava, desde então, no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe.
O professor Juan Carlos Cisneros participou da solenidade de repatriação, realizada em Brasília.
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