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OAB-PI vai denunciar Georgia Karynne por exercício ilegal da advocacia

Segundo a instituição, Georgia nunca foi inscrita na Ordem. A medida será tomada após matéria do GP1.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), afirmou neste domingo (16), através de nota, que vai denunciar Georgia Karynne Aragão de Andrade Coutinho por exercício ilegal da profissão.

Segundo a instituição, Georgia Karynne nunca foi inscrita nos quadros da Ordem. A medida será tomada após matéria publicada no Portal GP1, na sexta-feira (14) intitulada "Polícia Civil pede prisão preventiva de Georgia Karynne".


Foto: Reprodução/FacebookGeorgia Karynne
Georgia Karynne

Confira abaixo a nota na íntegra

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, esclarece que Geórgia Karynne Aragão de Andrade Coutinho, nunca possuiu inscrição nos quadros da Ordem. A OAB-PI fará uma denúncia contra ela por exercício ilegal da profissão.

Segundo o que foi noticiado pela imprensa, uma suposta cliente de Geórgia Karynne teria registrado um boletim de ocorrência após ela ter retirado um valor de R$ 13 mil da sua conta bancária, durante a atuação como advogada.

A Polícia Civil do Piauí pediu a prisão preventiva de Geórgia Karynne. Ela está sendo investigada por estelionato, em Altos.

Entenda o caso

A Polícia Civil do Piauí, por meio da delegada Eliane Morgado Sanches, pediu a decretação da prisão preventiva de Georgia Karynne Aragão de Andrade Coutinho, que está sendo investigada pela suposta prática do crime de estelionato na cidade de Altos. A representação foi ajuizada no dia 11 de abril. Georgia Karynne ficou conhecida no Estado por ter sido condenada pelo assassinato do policial civil Antônio de Pádua, o "Charuto", crime ocorrido no ano de 1997.

A delegada Eliane Morgado, do 14º Distrito Policial de Altos, instaurou inquérito para investigar Georgia Karynne após denúncia de uma mulher que registrou Boletim de Ocorrência afirmando que Geórgia Karynne havia subtraído de sua conta bancária um valor de mais de R$ 13 mil.

Estelionato

Além da condenação pelo assassinato do policial “Charuto”, Georgia Karynne também já foi alvo de outros processos por estelionato. Foi o que destacou a delegada Eliane Morgado, que, durante consulta aos sistemas da Justiça, verificou que Geórgia Karynne havia sido denunciada pelo Ministério Público em 11 de fevereiro de 2014, acusada de aplicar golpe de R$ 1.800,00 em uma estudante universitária. A denúncia foi recebida no dia 11 de abril de 2014.

Nas alegações finais apresentadas no dia 23 de fevereiro deste ano, o Ministério Público, através da promotora Deborah Abbade Brasil de Carvalho, pediu a condenação de Geórgia Karynne pelo crime de estelionato.

Outra condenação

Ela também já foi condenada a 2 anos e 3 meses de reclusão pelo crime de subtração ou inutilização de livro ou documento oficial. Contudo, a pena privativa de liberdade foi substituída por 2 (duas) penas restritivas de direitos, prestação de serviço à comunidade e limitação de fim de semana.

Caso “Charuto”

No ano de 1997 o policial Antônio de Pádua dos Santos, o "Charuto", que fazia parte do extinto grupo de elite da Polícia Civil “Comando Corisco”, foi assassinado com um tiro em um apartamento do conjunto João Emílio Falcão, região do Cristo Rei, zona sul de Teresina.

Georgia Karynne foi condenada a 13 anos de prisão por matar e jogar álcool para tentar incendiar o corpo e se livrar da acusação. Na cadeia, ela passou a estudar Direito.

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