A 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí finalizou nessa terça-feira (28/02) o julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Govandi Freire de Sá Filho, preso durante a "Operação Mandarim", que desbaratou uma organização criminosa acusada de lavagem de capitais oriundos do tráfico de entorpecentes. Govandi é irmão de Ítalo Freire Soares de Sá, que também foi preso na operação e é proprietário da Ponto Charme.
O argumento principal da defesa é que Govandi Freire teve o pedido de revogação da prisão cautelar negado, enquanto a esposa de Paulinho Chinês, Lorena da Silva Lustosa Ramos, acabou sendo colocada em liberdade mediante aplicação de medidas cautelares diversas. O advogado defende que por se encontrar em situação idêntica a de Lorena, Govandi Freire de Sá Filho fazia jus à extensão do benefício.
Por unanimidade, os componentes da Câmara Criminal denegaram o pedido de habeas corpus. A sessão virtual foi realizada no período de 17 a 28 de fevereiro. Participaram do julgamento os desembargadores Joaquim Dias de Santana Filho, Eulália Maria Pinheiro e Erivan Lopes.
Operação Mandarim
A Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) deflagrou no dia 23 de novembro de 2022 a "Operação Mandarim", com objetivo de cumprir 13 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva contra envolvidos com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.
A investigação teve início em 2018, com objetivo de desarticular a organização criminosa voltada para o tráfico de drogas liderada por um indivíduo identificado como Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, conhecido como “Paulinho Chinês”.
Durante a operação foram presos Raimundo Nonato Araújo Borges Filho, André Kaue Dias Viana, Govandi Freire de Sá Filho, Fátima, Lorena da Silva Lustosa Ramos e Vitor Levi e os empresários Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, o “Paulinho Chinês”, Ítalo Freire Soares de Sá e Ramon Santiago Matos Nascimento.
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