O juiz Hyldon Masters Cavalcante Costa, da Comarca de Ipaumirim, no Ceará, designou para os dias 20 e 21 de julho deste ano, a partir das 09h, às audiências para instrução e julgamento da ação penal contra os irmãos Diego Lima Iglesias Cabral e Tiago Lima Iglesias Cabral e também Dirceu Iglesias Cabral Filho, funcionários e sócio administrador, respectivamente, da CONSEP – Consultoria e Estudos Pedagógicos, presos na denominada operação “Amigos do Rei”, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, que investigou a fraude em concurso público da Prefeitura Municipal de Baixio. As audiências serão realizadas no formato híbrido, onde alguns participantes estarão presentes na sala de audiência, enquanto outros participarão por meio de videoconferência.
Deflagrada no dia 08 de julho de 2021, a operação "Amigos do Rei" teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, em face de suspeitos de fraudar o concurso público da Prefeitura Municipal de Baixio, realizado em 2019. Todos os cinco alvos dos mandados, entre políticos e empresários, foram capturados.
Durante a operação, foram presos preventivamente o vereador Raimundo Amaurílio Araújo de Oliveira, o “Zico”, presidente da Câmara Municipal de Baixio; o ex-vereador Francisco Bernardo dos Santos, ambos capturados no município cearense; os irmãos Diego Lima Iglesias Cabral e Tiago Lima Iglesias Cabral e também de Diego Lima Iglesias Cabral, funcionários e sócio administrador, respectivamente, da CONSEP – Consultoria e Estudos Pedagógicos, empresa responsável pela realização do certame no município cearense, que atua desde 1999 no segmento de concursos públicos e tem sede em Teresina. Com os suspeitos foram apreendidos aparelhos celulares e notebooks.
Os suspeitos são investigados por realizar um acordo ilícito com o objetivo de alterar o resultado do concurso público realizado em Baixio para beneficiar familiares e apadrinhados políticos dos vereadores envolvidos.
No decorrer da investigação, na sede da empresa CONSEP, foram encontradas várias anotações relativas ao concurso contendo notas de candidatos com resultados completamente diferentes dos publicados e apenas uma folha de resposta de um candidato, que revelou uma pontuação distinta da divulgada no resultado final.
Os suspeitos foram indiciados e denunciados pelos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, supressão de documento, fraude no caráter competitivo do procedimento licitatório, divulgação de conteúdo sigiloso de concurso público, usurpação de função pública, prevaricação e peculato.
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