Os professores da rede municipal de ensino de Teresina não concordaram o reajuste de 16% aprovado na Câmara Municipal de Teresina, na manhã desta terça-feira (21), e continuaram em greve. Após a votação no legislativo municipal, eles partiram em manifestação pela Avenida Marechal Castelo Branco e bloquearam uma das vias da Avenida Frei Serafim.
A categoria, que iniciou o movimento grevista no último dia 07 de fevereiro, cobra reajuste de 33,23% no piso salarial, além do rateio de 70% do Fundeb ao magistério. A aprovação do reajuste de 16% ocorre justamente no dia em que as aulas da rede municipal foram retomadas em Teresina.
Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindserm, Sinésio Soares, afirmou que o próximo passo será reunir os professores do município aos do estado para atuarem juntos na mesma pauta.
“Amanhã nós vamos fazer uma proposta de greve unificada com os trabalhadores da Educação, porque esse reajuste é ilegal, quando se aplica 16% não se chega ao piso salarial nacional. Eu vou dizer uma coisa que você se assustará: hoje o vencimento do professor está em R$ 2.886,24 e ontem a Câmara de Vereadores de Timon aprovou o reajuste linear de 33,24% e para entrar no ensino apenas com licenciatura eles já chegaram a R$ 7.310 ,00. Se aplicarmos o reajuste correto da lei Teresina só chega a 5.686,00, ou seja, é um absurdo. Parabéns para Timon”, pontuou Sinésio.
A professora Ivonete Rodrigues lamentou a aprovação do reajuste em 16% e ponderou que o movimento paredista vai continuar, sem previsão de retorno dos professores para a sala de aula. “A maioria dos vereadores votaram contra os professores. Essa aprovação do projeto deixou os professores ainda mais revoltados, pois até aqueles que não estavam em greve e vieram somente acompanhar a manifestação já aderiram à greve”, acrescentou.
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