Os professores da rede municipal de educação de Teresina decidiram, na manhã desta segunda-feira (07), deflagrar greve por tempo indeterminado após assembleia realizada na Praça da Bandeira, centro da Capital. Após o ato, os professores fizeram uma manifestação em frente à sede da prefeitura.
A categoria cobra o reajuste de 33,23% no piso salarial, além do rateio de 70% do Fundeb ao magistério. A decisão pela greve aconteceu no mesmo dia que estava marcada a retomada das aulas na rede municipal de ensino, no sistema remoto.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, explicou que o início do ano a entidade protocolou uma pauta com reivindicações junto à prefeitura. "No dia 10 de janeiro desse ano, o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina protocolou uma pauta de reivindicações para que a Prefeitura de Teresina realizasse reuniões, a gente solicitou vária reuniões para negociar os 158 pontos da pauta, dentre esses, estavam o da Educação”, pontuou
“Só que na última Assembleia Geral, o pessoal da Educação, que é vanguarda, que é guerreiro, que puxa a luta mesmo decidiu que se o prefeito não cumprisse a lei federal, que inclusive já está devendo o mês de janeiro, até a nossa próxima assembleia, já estaria decretada a greve. Então foi decretada e hoje nós fomos cumprir a decisão da Assembleia Geral", afirmou Sinésio.
Ainda de acordo com Sinésio novas categorias poderão deflagrar greve, além dos professores. "A categoria colocou em votação e por unânimidade, cerca de 1600 professores, que assinaram a ata de hoje decidiram que a greve continua. Próxima quinta-feira a gente já amplia, já não é mais só a Educação, pois a Educação já está em greve e o Samu vem também no próximo dia 10, no Teatro de Arena, para gente discutir a questão da revisão geral anual, porque há 5 anos a Prefeitura de Teresina não concede o reajuste, a data base é em maio, mas nós já queremos discutir essa e outras questões como a regulamentação da profissão de condutor de ambulância e a insalubridade de 40% que o prefeito nunca pagou", relatou.
"Quinta-feira nós estaremos novamente reunidos, hoje foi um tsunami de profissionais da Educação nas ruas e quinta vai ser bem maior. Dia 10 será a Assembleia Geral de todos os servidores municipais de Teresina, nós temos uma perda salarial de 20% devido aos 5 anos que não concedem reajuste e esses profissionais da Educação não iniciarão hoje porque sempre fincanciaram as aulas remotas, queremos é aula presencial, mas para isso queremos que se pague o reajuste de R$ 55 milhões que já está na conta da Prefeitura e que também atenda as outras reivindicações. Até quinta-feira esperamos que a prefeitura nos receba, se não a gente submete a votação de novo e não iniciaremos as aulas", concluiu Sinésio.
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