O desembargador Edvaldo Pereira de Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí, negou ontem (12) novo pedido de habeas corpus em favor de Ivan Freire Gomes, filho de um magistrado, preso em Piripiri com drogas pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes – Depre – no dia 09 de abril deste ano.
A defesa alega que Ivan Freire está preso ilegalmente tendo em vista que foi revogada prisão de outras pessoas devido ao excesso de prazo na formação da culpa no processo de origem e pede a extensão do beneficio concedido ao corréu Helson Sousa Rodrigues.
O desembargador afirma na decisão que não vislumbrou, de imediato, qualquer ilegalidade flagrante e determinou a expedição de ofício ao juízo da Comarca de Piripiri, requisitando informações no prazo de cinco dias.
Prisão
De acordo com a DEPRE, Ivan Freire possui conhecimento para a produção do entorpecente em alto padrão, contando com todos os materiais necessários. “No local, ele cultivava a super maconha, depois ele embalava e tinha uma estufa, tudo em alto padrão. A super maconha é uma droga de alto poder aquisitivo que chega a ser vendido por R$ 150 o grama e também apreendemos R$ 37 mil em dinheiro vivo. No laboratório detectamos ainda que era produzido haxixe”, disse o delegado Eduardo Aquino.
Organização criminosa
O filho do juiz é apontado como integrante de uma quadrilha responsável pela importação e distribuição do entorpecente entre municípios do Norte do estado. “Nós identificamos um grupo criminoso, responsável por importação, distribuição e até fabricação de drogas sintéticas. Nós tínhamos informações de que homem, que é o alvo, tinha conhecimento técnico para a produção de drogas sintéticas, que é a super maconha em estufa. Então nós entramos na residência com mandado de busca e por lá confirmamos a existência desse material”, ressaltou Eduardo Aquino.
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