A Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) divulgou nesta terça-feira (15), o informativo com o resultado quadrimestral da Sondagem Industrial, que contemplam as indústrias extrativas e de transformação. Esse resultado considera as pesquisas que são feitas mensalmente junto às indústrias, possibilitando realizar comparações com os meses anteriores e abrangem o período e janeiro a abril de 2021.
Com a apresentação desses números, será dado conhecimento aos setores das indústrias e à população em geral do comportamento do setor, bem como as perspectivas para os próximos seis meses. São informações relevantes que irão auxiliar os empresários na tomada de decisões e no melhor planejamento dos seus negócios, além de possibilitar ao poder público definir as políticas públicas para o setor industrial.
O primeiro quadrimestre de 2021 apresentou uma média de estabilidade no volume de produção da empresa no mês, em comparação com o mês anterior, de 44,2%. Janeiro foi o mês de menor estabilidade, 41,2%, enquanto março apresentou o maior percentual, com 51%. Comparando com o quadrimestre anterior (setembro, outubro, novembro e dezembro de 2020), que teve a média da estabilidade em 47,0%, percebe-se um decréscimo de 6% na média do volume de produção.
Esta redução percentual na média da estabilidade neste primeiros meses de 2021 foi decorrente das medidas restritivas impostas pelos Governo Estadual e municipais (lockdown) ocasionadas pela segunda onda da covid-19, que embora tenha impactado na produção das indústrias ainda teve um impacto menor que no primeiro quadrimestre de 2020 , início da pandemia da Covid 19, quando a média de estabilidade no período foi de apenas 26,4%, tendo os meses de março e abril de 2019 atingidos índices de estabilidade preocupantes, de 11,5% e 14% respectivamente.
A evolução no número de empregados neste primeiro quadrimestre de 2021 teve as melhores estabilidades nos meses de fevereiro (72,7%) e abril (72,5%). A média de estabilidade neste quadrimestre foi de 66,8%, menor que no quadrimestre anterior (setembro/dezembro de 2020) que foi de 72,2%. Já o aumento no número de empregados teve o melhor cenário em janeiro de 2021, com 13,7%, permanecendo nos demais meses abaixo dos 5%.
O cenário de queda do número de empregados foi maior no mês de março de 2021, 34,7%. Apesar dos baixos índices de aumento no número de empregados, a estabilidade manteve-se em bons níveis, demonstrando que a indústria tem procurado manter os empregos, mesmo diante das medidas governamentais de restrição de atividades por conta da segunda onda da Covid 19.
Perspectivas para os próximos seis meses
Demanda por Produtos - A expectativa de aumento na demanda por produtos para os próximos 6 meses neste primeiro quadrimestre teve uma média de 44,2%. No quadrimestre anterior (setembro/dezembro de 2020) esta média foi de 52,2%. Os melhores percentuais medidos foram em janeiro e abril de 2021, ambos com 54,9%.
Mesmo com percentual médio menor que no último quadrimestre de 2020, se comparado a perspectiva deste quadrimestre ao primeiro quadrimestre de 2020, no início da pandemia (que teve média de 30,2% no período), observa-se um leve otimismo do setor neste início de 2021.
Número de Empregados
A expectativa de crescimento do número de empregados na indústria para os próximos 6 meses foi de 11,5% neste quadrimestre. No último quadrimestre de 2020 este percentual foi de 14,2%. Os menores índices percentuais do período neste quadrimestre foram nos meses de março e abril de 2021 com expectativa de aumento no número de empregados de 4,1% e 7,8% respectivamente. Estes índices foram inferiores aos meses de março e abril de 2020 (início da pandemia e auge da primeira onda da Covid 19), que foram de 11,5% e 8,8%, respectivamente.
Compras de Matéria-prima - Para os próximos 6 meses, a perspectiva das indústrias do Estado para o aumento nas compras de matéria-prima teve o melhor resultado em abril de 2021, com 54,9%. A média do quadrimestre janeiro/abril de 2021 foi de 38,1%, menor que a do quadrimestre anterior, que foi de 44,8%. Estes índices refletem a dificuldade atual das indústrias na aquisição de matéria-prima.
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