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Piauiense Deborah Kalume revela abusos que sofreu do médium João de Deus

João de Deus foi preso em 26 de dezembro de 2018, acusado de mais de 400 estupros durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Goiás.

A atriz piauiense Deborah Kalume revelou em entrevista ao Fantástico, desse domingo (21), que foi uma das vítimas de João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, preso em 26 de dezembro de 2018, acusado de mais de 400 estupros durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás.

Natural de Floriano, a atriz, que nunca havia levado a público toda a situação vivida em 2012, narrou o que passou nas mãos de João de Deus, dois anos e meio após o acidente que deixou seu esposo, o cineasta Fábio Barreto, em coma profundo até o ano de 2019, quando acabou morrendo.


  • Foto: Reprodução/TV GloboDeborah KalumeDeborah Kalume

“Fui lá em 2012, dois anos e meio depois do acidente. Eu fui com o pai dele, Barretão. E acho que foi assim, talvez a última alternativa de milagre que eu quis, acreditei. Ele perguntou se eu ‘tava’ de sutiã. Falei que sim. Ele falou, "pode tirar?" Quando fui desabotoar o sutiã, me deu uma sensação ruim. Mas ao mesmo tempo me culpei. Você tá louca? Você tá... é uma espécie até de culpa, de você pensar algo de errado daquele homem. Em algum momento ele botou a mão em cima da calça, do pênis dele, eu congelei. Fechei o olho. Ele mandava abrir o olho. Eu não consegui fazer nenhum movimento. Ele falou que eu ‘tava’ atrapalhando essa cura porque eu não ‘tava’ confiando nele. Então, eu ‘tava’ atrapalhando. Que era pra eu relaxar. Aí ele... me colocou em pé. Começou a apertar o bico do meu seio. Veio por trás de mim. Começou a se esfregar. Ele fazia tudo isso rezando Ave Maria”, contou Deborah Kalume.

Condenado a quase 60 anos de prisão por crimes sexuais, João de Deus deixou a cadeia em março deste ano para cumprir prisão domiciliar, com o objetivo de evitar ser infectado pelo novo coronavírus. Na decisão da juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, ela determinou o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e o proibiu de frequentar a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, e de manter contato com vítimas e testemunhas do caso.

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