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Deputados discutem na Alepi fechamento da Itapissuma em Fronteiras

Em março de 2017, a empresa Itapissuma comunicou que iria suspender temporariamente as atividades na fábrica de cimento localizada na Fazenda Monte Alvão, em Fronteiras.

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou na manhã dessa terça-feira (25) audiência pública com o objetivo de discutir o fechamento da fábrica de cimento Itapissuma no município de Fronteiras, que afetou mais de 400 trabalhadores e a possibilidade dela retornar ao Piauí. A audiência foi solicitada por Franzé Silva (PT) e Warton Lacerda (PT).

Em março de 2017, a empresa Itapissuma comunicou que iria suspender temporariamente as atividades na fábrica de cimento localizada na Fazenda Monte Alvão, em Fronteiras, devido a uma queda em 80% nas vendas, e ainda fez a dispensa de mais de 400 funcionários, afetando ao todo mais de mil pessoas que beneficiavam com a empresa.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Lucile MouraLucile Moura

Na audiência foi discutida a possibilidade da empresa retornar para Fronteiras e os motivos do seu fechamento, já que deveria ter sido temporário. A assessora para Atração de Investimentos do Estado, Lucile Moura, afirmou que o Estado atendeu a todos os pedidos da empresa para que ela pudesse funcionar no Piauí, mas que um problema interno na Itapissuma é que impediria seu retorno.

“Na época em que eles nos procuraram, foi feita uma revisão no incentivo fiscal, em que o conselho de incentivos da indústria chegou a reduzir a quantidade de empregados, inclusive considerou colocar estagiários na conta para manter incentivos que foram dados. Também foi pedida uma reforma na estrada de acesso da indústria até Fronteiras e a Sedet fez essa obra. Então o que foi pedido, foi feito, mas o que nos foi colocado é que era uma questão interna da empresa, que estaria passando por questões sucessórias e eles pediram um prazo. Nesse prazo tentamos vários contatos, recentemente uma equipe da Sedet esteve em Recife com a diretoria, toda a nossa equipe a disposição para ouvir as proposições. O que a gente tem ouvido é que a empresa está reconfigurando todo o seu portfólio de investimentos, mas não teria a manutenção dessa base industrial no Piauí”, disse Lucile.

O deputado estadual Warton Lacerda, explicou que já trabalhou na empresa e que é preciso entender os reais motivos do seu fechamento, já que muitas pessoas estão sendo afetadas. “Na verdade a gente quer entender os reais motivos de fechamento dessa fábrica. Eu fui funcionário da fábrica há uns 10 anos, ela produzia a capacidade máxima e vendia a capacidade máxima. Ela chegava a vender 60 mil sacos de cimento por dia e não conseguia atender a demanda. Então não consigo entender os reais motivos do seu fechamento. Dizem que é problema de família, disseram que foi problema com água, com energia, mas porque não se senta e se tenta construir uma solução para isso. O Piauí não tem condições de perder uma fábrica desse porte”, destacou o parlamentar.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Warton LacerdaWarton Lacerda

A prefeita de Fronteiras, Maria José, declarou que várias pessoas foram afetadas prejudicando a economia da cidade. “Só de empregos diretos e indiretos eram cerca de 1500. Hoje Fronteiras se encontra em completa miséria, a verdade é essa e já tivemos momento áureos”, disse a prefeita.

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