A Justiça condenou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), um grupo criminoso que atuou no Piauí (PI) e no Maranhão (MA), entre 2016 e 2017, explodindo e furtando agências bancárias e caixas eletrônicos. A condenação decorre da Operação Metalon deflagrada pela Polícia Federal (PF), em 2018.
Segundo a Ação Penal (Processo nº0013860-04.2018.4.01.4000) ajuizada pelo MPF, no dia 6 de setembro de 2017, Diego Henrique, Derlean Lisboa, Kássio Magno sequestraram um vigilante e na sequência subtraíram a quantia de R$ 20.832,00 da Agência da Caixa Econômica Federal (CEF), localizada na Avenida Barão de Gurguéia no município de Teresina (PI).
- Foto: Brunno Suênio/GP1Agência da CEF da Avenida Barão de Gurgueia
O dinheiro foi subtraído após a explosão de dois terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos), acarretando graves danos à estrutura física da agência bancária da Caixa. Os réus ainda efetuaram disparos com arma de fogo, com a munição ponto 40, com o objetivo de intimidar a população. Após roubar os valores da agência, a quadrilha fugiu do local em um automóvel modelo Fiat Ducato, tipo VAN, branco, que depois da ação foi apreendido em posse de Kassio Magno, que exercia a função de motorista do grupo criminoso.
Os réus Cláudio Silvano, Edielson de Sousa e Warlon Thierri de Sousa também foram condenados por integrar esse grupo que agia com a finalidade de cometer os crimes.
Os seis réus foram condenados a penas que variam entre 2 e 12 anos de reclusão e multa, por furto qualificado (quando há o emprego de explosivo), sequestro, dano a bem público, associação criminosa, receptação e disparo com arma de fogo.
Outras ações criminosas
Os denunciados foram flagrados pelas Polícias do Piauí e Maranhão em outras ações criminosas semelhantes aquela praticada na Agência da Caixa localizada na Avenida Barão de Gurguéia, em Teresina (PI).
Também foram alvos do grupo criminoso: a Agência da Caixa Econômica Federal de Timon (MA); caixas eletrônicos em Picos (PI), Jerumenha (PI) e Marcos Parente (PI); Banco do Brasil de Codó (MA) e Banco do Brasil localizado no Bairro São Cristóvão, em Teresina (PI).
Modus Operandi
Embora diante de algumas pequenas variações entre uma atuação e outra, as explosões dos terminais de autoatendimento e os posteriores furtos ou roubos às instituições bancárias foram cometidos com o mesmo modus operandi.
Em torno de três a cinco assaltantes participavam da ação, sendo que um ou dois entravam na agência bancária ou se deslocavam ao caixa rápido, enquanto os outros esperavam do lado de fora ou próximo, fazendo o perímetro do local do crime e dando cobertura no momento da fuga. Os assaltantes usavam artefatos explosivos do tipo "metalon", fabricado por um dos denunciados, para realizar as explosões dos equipamentos, que ocorriam normalmente no período da noite.
Os assaltantes ameaçavam os vigilantes e os rendiam juntamente com as pessoas que estivessem passando no local no momento das explosões. Eles também faziam disparos de arma de fogo para intimidar a população e as forças de segurança pública. Para dificultar a identificação, vestiam roupas, fardas escuras ou camufladas com capuz e, para impedir que as viaturas policiais viessem a persegui-los, utilizavam pregos entrelaçados feitos de material resistente (“miguelitos”).
Na sequência, pegavam o dinheiro que encontravam nos caixas eletrônicos e depois fugiam em veículos de pequeno porte, roubados, ou em uma van de cor branca, pertencente a um dos integrantes do grupo criminoso.
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