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Juiz nega pedido de prisão contra acusado da morte do cabo Claudemir

Leonardo Ferreira Lima, acusado de ser o mandante do assassinato do cabo do Bope Claudemir Sousa, que se mudou para o estado do Mato Grosso do Sul.

O juiz Antônio Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decidiu negar pedido do Ministério Público que queria a prisão preventiva de Leonardo Ferreira Lima, acusado de ser o mandante do assassinato do cabo do Bope Claudemir Sousa, que se mudou para o estado do Mato Grosso do Sul.

No dia 9 de janeiro, o juiz Antônio Nollêto, revogou a prisão dos acusados pela morte do cabo Claudemir. Logo após ser solto, Leonardo Ferreira, que é servidor concursado da Infraero, aproveitou para pedir para o órgão a sua transferência para a cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, afirmando que precisava recomeçar a sua vida. No dia 17 de janeiro a Infraero autorizou sua transferência.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Juiz Antônio NolêtoJuiz Antônio Nollêto

O Ministério Público, por meio do promotor Régis Marinho, pediu a prisão preventiva de Leonardo, afirmando que o juiz estabeleceu algumas medidas após a soltura dos acusados, entre elas, que eles não possam sair da cidade de Teresina. Leonardo já mudou de estado. “O denunciado possui a intenção de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista que mudou de endereço, passando a residir em local diverso do distrito da culpa, descumprindo condições impostas quando da concessão da sua liberdade provisória”, afirmou o promotor no seu pedido.

Na decisão o juiz Antônio Nollêto afirmou que “apesar da sua transferência, até o momento [ele] definiu apenas o seu endereço funcional, mas comprometeu-se a informar a este juízo o endereço residencial, tão logo consiga um local para residir. Comprometeu-se, finalmente, a atender a todos os chamados da Justiça. Dessa forma, não há nada que indique que o acusado esteja ameaçando a ordem pública, prejudicando a instrução criminal ou se furtando à aplicação da lei penal, vez que possui profissão definida e vem comparecendo regularmente a todos os atos processuais para os quais é intimado. Além disso, não é portador de maus antecedentes, é primário e tem a seu favor o binômio que constitui regra basilar no direito positivo pátrio de liberação, o que deve prevalecer.”.

  • Foto: Divulgação/PC-PILeonardo FerreiraLeonardo Ferreira

Ele então deixou de decretar a prisão preventiva de Leonardo Ferreira Lima. A decisão é dessa quarta-feira (31). Até o momento, dos oito denunciados pela morte do cabo Claudemir, apenas Weslley Marlon Silva está preso, porque ele cumpre pena por outro crime.

Relembre o caso

O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.

Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero acusado de ser o mandante do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.

  • Foto: Facebook/Claudemir Sousa Claudemir Sousa Claudemir Sousa

Em janeiro, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.

No dia 12 de junho de 2017, o juiz ouviu as testemunha no caso. No dia 30 de junho, os acusados de envolvimento na morte do cabo Claudemir de Sousa mudaram o discurso e negaram que tenham feito parte do plano para acabar com a vida do oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Piauí.

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