Com o aumento do custo para geração de energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), informou que para agosto a bandeira tarifária será a vermelha, no patamar 1. Neste estágio, a conta custa R$ 3,00 a mais para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, ou seja, além da tarifa cobrada pela distribuidora da região, será acrescido R$ 3,00 para cada 100 quilowatts-hora. Em julho a bandeira tarifária foi amarela. Nesta situação, a conta ficou R$ 2,00 mais cara para cada 100 kWh. Em junho, foi acionada a bandeira verde, que não traz custo adicional ao consumidor.
O diretor de assuntos econômicos da Federação das Indústrias do Piauí – FIEPI, Freitas Neto, alerta para o impacto nas indústrias piauienses. “Esse aumento dá um impacto de 5% na conta de energia. O empresário obrigatoriamente tem que repassar custos, na medida em que o produto é onerado ele tem que repassar custos sob a pena de falir, ele não pode produzir tendo prejuízos. Nós tivemos o aumento de impostos sobre o combustível, que pega toda essa cadeia produtiva. Quando entra essa bandeira vermelha é que os reservatórios estão baixos e imediatamente são acionadas as termelétricas. Além da bandeira e dos impostos federais recentemente aumentados. O Governo do Estado também mandou uma proposta de aumento de impostos de ICMC sobre combustíveis, energia e comunicações. Isto tudo junto onera de mais o custo de produção e recai sobre a população,” afirmou.
- Foto: Divulgação/AscomFreitas Neto
O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pelo órgão regulador, que avalia o preço da energia, o volume de chuvas e a situação dos reservatórios das hidrelétricas em todo o país para tomar uma decisão.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento. Como a energia das termelétricas custa mais caro, a Aneel sobe o preço da conta.
A cor da bandeira é impressa na conta de luz e indica o custo da energia em função das condições da geração. A bandeira vermelha é ativada quando é preciso acionar mais usinas termelétricas, devido à falta de chuvas. Os consumidores devem intensificar o uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios neste período, para compensar a sobretaxa, recomendou a Aneel.
A situação dos reservatórios, um dos itens que compõem a tarifa de energia, é mais preocupante na região Nordeste, pois os reservatórios operam com 15,56% da capacidade. No Sudeste e no Centro-Oeste, juntos, o nível de armazenamento está em 38,8%. No Sul, a situação é mais tranquila: 72,81%. Os patamares são inferiores aos registrados no fim de junho, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
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