Além do presidente Michel Temer, o comando do PMDB responde por 24 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), informou O Globo nesta terça-feira (25). São alvos desses inquéritos, seis senadores e dois dos principais aliados do presidente.
Enquanto Michel Temer, principal nome do partido, é alvo de um inquérito, o presidente nacional do partido, Romero Jucá responde por 8 inquéritos, o primeiro vice-presidente Eliseu Padilha responde por dois, o tesoureiro e presidente do Senador, Eunício Oliveira, responde por 2, sendo que o tesoureiro adjunto Valdir Raupp é alvo de 5 inquéritos. Moreira Franco e Jader Barbalho que fazem parte das "vogais" do partido, cada um possui também 2 inquéritos no STF. O presindete da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Edison Lobão, possui três inquéritos. Além deles, Renan Calheiros responde por 8 inquéritos.
- Foto: Demétrius Abrahão/Fotoarena/Estadão ConteúdoMichel Temer
O presidente da república, principal nome do PMDB, é acusado de corrupção passiva e por participação de organização criminosa após delação premiada realizada pelo empresário Joesley Batista, que gravou Temer dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha (PMDB). A denúncia contra ele segue um rumo diferente, já que ele só será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) se a Câmara dos Deputados autorizar. Caso isso não aconteça, o STF fica impedido de ser julgado.
Na semana passada, o lobista Jorge Luz fez ao juiz Sergio Moro uma confissão onde informou que o PMDB possui uma conta na Suíça que é movimentada pelo deputado Aníbal Gomes (CE), braço direito do senador Renan Calheiros. É um novo fato que prejudica ainda mais o partido.
Defesa
Jader Barbalho afirmou que as investigações são baseadas apenas nas palavras de delatores e que até o momento não foi constatado nenhum fato. Eunício Oliveira afirmou que as investigações fazem parte do caminho natural do rito processual e que “a verdade prevalecerá". Já o senador Valdir Raupp disse que as acusações são infundadas e sem provas.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, que defende os senadores Edson Lobão e Romero Jucá, afirmou que “os inquéritos que chegaram ao final da investigação foram devidamente arquivados. Quanto aos demais, que estão em andamento, em nenhum deles há nenhum apontamento concreto contra o senador Lobão ou o senador Jucá”.
Renan Calheiros informou que “as delações que me citam não chegam com provas e nem documentos (...) São mentiras deslavadas, situações inventadas por criminosos confessos que querem se livrar da prisão". Já Moreira Franco informou que não faz juízo de valor sobre processos investigativos em andamento. O deputado federal Anibal Gomes não foi encontrado para comentar o assunto. A assessoria do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não retornou.
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