Em entrevista ao GP1 o reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Nouga Cardoso, afirmou que não haverá aumento no orçamento após o governador Wellington Dias (PT) apresentar projeto de lei na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) que tem como objetivo criar 449 cargos de provimento e função gratificada. Ele explicou que o projeto irá apenas regularizar os cargos que já existem atualmente na universidade, pois atualmente muitos cargos da Uespi não estão previstos em lei.
“Na verdade, a universidade quando ela foi criada, foi com quatro cursos aqui em Teresina e tinha ainda em Parnaíba, Picos, Floriano e Corrente. Então só tínhamos a sede e mais quatro campus. Existia uma regulamentação em lei dessa estrutura, só que depois a Uespi se expandiu. Só para você ter uma ideia, hoje estamos em Piripiri, Campo Maior, Uruçuí, Bom Jesus, Oeiras, São Raimundo Nonato e Paulistana. Todos eles possuem diretores e coordenadores dos cursos ofertados, além de outros cargos. O que acontece é que mesmo sendo esses cargos imprescindíveis para encaminhamento desses campus, eles nunca foram criados em lei, então cada gestão nomeia diretores para essas unidades administrativas, mas esse ato do reitor é ilegal, pois está nomeando pessoas para cargos que nunca foram criados em lei e por conta disso o Tribunal de Contas condena o reitor da Uespi, mesmo ele não tendo autoridade administrativa de transformar esses cargos em lei”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Nouga Cardoso
Nouga Cardoso afirmou que em conversa com o governador eles conseguiram entrar em um acordo. “Entramos em entendimento com o estado, conversamos com o governador Wellington Dias e ele agora está regulamentando o funcionamento da universidade. Embora esteja criando esses cargos, eles já existem, mas precisam legalizar. Uma coisa que queremos fazer é essa discussão na Assembleia de que isso não se trata de uma despesa nova, esses cargos que estarão sendo legitimados, já existem, as pessoas já estão trabalhando e sendo renumeradas. Assim o gestor não vai ser mais condenado por nomear para cargo que não existe”, afirmou.
Ele ainda destacou que isso ajudará na criação de novos cursos. “Ela não só regulamenta a estrutura existente hoje, mas para o futuro também. Se tivermos um mestrado em medicina, já estamos colocando na lei, que com a colocação desses cursos de mestrado e doutorado, o governo não precisa enviar para a Assembleia legislativa modificar os cargos, pois essa lei já tem essa previsão futura desses cargos”, destacou.
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