O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa do Piauí, Robert Rios Magalhães (PDT), em entrevista ao GP1, disse que “organização criminosa” quer comprar a Agespisa. O parlamentar lembrou que a empresa Aegea, que venceu a licitação, enfrenta processos investigatórios em vários estados brasileiros e que, portanto, não estaria apta a gerir os serviços da empresa local.
“A empresa que ganhou a licitação para comprar a Agespisa não passa de uma organização criminosa que está sendo investigada em vários estados. A empresa vai administrar apenas o filé que é a área urbana, mas o abastecimento no interior, que também é péssimo, vai permanecer com a Agespisa”, criticou Rios.
- Foto: Lucas Dias/GP1Robert Rios
Entenda o caso
O Governo do Estado do Piauí iniciou em 2016 o processo de subconcessão dos serviços da Agespisa. Foi realizada uma licitação para contratação de empresa por um período de 31 anos e esta terá por obrigação que investir R$ 1,7 bilhão em abastecimento e esgotamento de água na zona urbana de Teresina.
O certame licitatório contou com a participação da Águas do Brasil S/A, da Aegea Saneamento e do consórcio Poti. Antes do processo licitatório ser finalizado, a Águas do Brasil ingressou no Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) com uma denúncia alegando que a licitação estava sendo realizada com o objetivo de beneficiar as demais empresas, sobretudo, a Aegea.
Em dezembro, o Governo anunciou como vencedora a Aegea, mas o Tribunal de Contas determinou que o Governo apenas realizasse a contratação da empresa após o julgamento da denúncia.
Adiado
Nesta quinta-feira (09), após pedido de vistas do conselheiro Luciano Nunes, o TCE adiou o julgamento contra a licitação para subconcessão da Agespisa.
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