O governador Wellington Dias (PT) criticou a demora para liberação de empréstimo realizado com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 315 milhões e afirmou que quando se trata de estados da região Sul e Sudeste, o governo tem liberado empréstimos, mas no caso do Piauí e demais estados, há dificuldade na liberação dos valores.
O empréstimo já foi aprovado, mas só falta a sua liberação. Wellington já ameaçou ir à Justiça para conseguir que o dinheiro seja repassado ao Piauí. O governador também encaminhou para a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) um projeto que altera a lei que autorizou o Poder Executivo a contratar operações de crédito com a Caixa Econômica Federal, para que o governo possa firmar operações de crédito junto a outros agentes, sejam bancos ou instituições não financeiras.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
Para o governador, existe uma decisão política sobre que estados serão beneficiados. “Eu devo dizer que do ponto de vista bancário tem sido ágil [o processo para liberação dos valores]. O que eu vejo é que tem uma decisão política, porque não é só também com o Piauí. Eu vejo isso acontecer com a Paraíba, Bahia, a poucos dias com o Pará, são líderes de diferentes partidos e é como se o governo não quisesse liberar empréstimos”, destacou o Wellington Dias ao GP1.
Ele explicou que o presidente Michel Temer (PMDB) havia se comprometido com a liberação dos valores e que quando foi discutida a questão da renegociação das dívidas, estados como o Piauí que estavam em boa situação, não foram beneficiados. Já os estados mais endividados receberam vários benefícios.
“É bom lembrar que esse empréstimo em 2016, quando foi aprovado a renegociação com os endividados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, além de outros estados, colocaram uma montanha de dinheiro. E os outros estados que fizeram o dever de casa? Estamos falando aqui de aproximadamente de R$ 200 bilhões para os outros estados [endividados] e de R$ 7 bilhões para estados como o Piauí, cerca de 19. Isso vem rolando, sai ou não sai [o dinheiro], então eu quero continuar cobrando porque foi o compromisso feito pelo presidente da república e pelo ministro da Fazenda com o Fórum dos Governadores. É um dinheiro do povo do Piauí e queremos que esse compromisso seja honrado”, explicou o governador.
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