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Piauí

Mãe de assaltante envolvido em explosão de banco faz apelo à polícia

Até o momento, cinco homens suspeitos de participar da ação já foram assassinados em confrontos com a polícia.

A mãe de um dos suspeitos de participar da  explosão da agência do Banco do Brasil da cidade de Curimatá, extremo sul do Piauí, no dia 5 de maio, está pedindo pela vida do filho nas redes sociais, através de um vídeo. Até o momento, cinco homens que participaram da tentativa de assalto já foram mortos em confrontos com a polícia.

No vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais, a mãe de um dos suspeitos pede clemência pela vida do filho. “Eu sei que vocês [policiais] têm filhos, eu sei que vocês tem neto, os que não têm vão ter um dia. Pelo coração de pai, veja o coração de mãe, eu sou uma mãe aflita, o meu sobrinho Jarbas já se foi, o marido da minha sobrinha já se foi, os outros já se foram”, disse a mulher.

A mãe ainda pede que os policiais prendam seu filho e afirma que ele deve cumprir a sentença pelo crime. “Ajudem meu filho, tragam meu filho preso, eu não vou querer advogado pra ele não, eu quero que ele cumpra sentença pelo que ele fez, eu vou ajudar ele, eu vou cuidar dele na prisão, ele vai pagar pelo que ele errou”, pediu.

Veja o vídeo



Secretaria de Segurança

Ao GP1, o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu, destacou que os familiares da mãe que aparece no vídeo, são conhecidos por praticarem assaltos a bancos e usarem de violência em suas ações. “É interessante que as pessoas entendam qual é a situação de Curimatá, mas antes da situação de Curimatá é preciso entender qual é o histórico daquela família. Eles são de uma família tradicional com relação ao roubo de bancos, e a forma como eles agem é extremamente violenta. Eles já mataram um policial Federal, em uma situação lá em Pilão Arcado [no Estado da Bahia], em confronto com a Polícia Federal e teve a morte de um dos principais chefes deles, um tal de Kleiton Arapuã. A partir daí eles criaram a fama de enfrentar policiais e as ações deles serem bastante violentas. Eles colocaram explosivos no Banco do Brasil que destruíram a agência, além disso eles colocaram quatro pessoas atirando constantemente contra o GPM, que fica entre duas casas, ali poderia morrer ou um policial ou qualquer pessoa que saísse daquelas residências”, narrou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Fábio Abreu(Imagem:Lucas Dias/GP1)Fábio Abreu
Fábio Abreu ressaltou que mesmo diante da atitude agressiva por parte dos bandidos a reação da polícia tem sido de contenção. “A ação nossa foi de conter a ação deles, procurar convencê-los de se entregar ainda na agência bancária, porém eles pegaram pessoas como reféns, efetuaram disparos contra nossos policiais e saíram em fuga na direção desse mato. A partir daí, durante as perseguições, policiais foram alvos de disparos deles e obviamente tem que reagir, isso é normal, a força tem que ser do Estado, a gente não pode se dobrar a força do bandido, mesmo assim a cada investida nossa, os policiais verbalizam, pedem que eles se entreguem”, disse.

O secretário informou que os assaltantes dizem que não vão se render quando são abordados pelos policiais. “Sempre que os policias solicitam que eles se entregassem eles dizem que vão morrer como homem, então como eles estão dizendo isso eles não vão se entregar”, afirmou.

Fábio chamou atenção para fato das armas utilizadas pelos bandidos serem de grosso calibre e que a cada morte a polícia apresenta novas armas. Ele afirmou que em um dos confrontos, onde dois assaltantes foram mortos, a polícia ficou praticamente sem munição, enquanto os suspeitos ainda estavam equipados.

O secretário ainda afirmou que a obrigação da polícia é cumprir a lei. “Mesmo diante de tudo isso não precisa a mãe ou pai vir fazer apelo dramático, nós estamos aqui para cumprir a lei. Se o indivíduo se entrega, como teve um deles que se entregou, ele não reagiu, foi preso e autuado e está aqui em Teresina, assim como os outros, nós não temos só mortes. Se eles quiserem se entregar, nós não temos problema nenhum o objetivo é cumprir a lei, e a lei é prender. Agora com relação a reagir, nós não podemos abrir mão da nossa reação, que tem que ser maior”, disse.

Nota

A Secretaria de Segurança também se pronunciou sobre o vídeo através de nota. Nesta, a assessoria afirma que os policiais tem se esforçado para preservar a vida de todos os envolvidos.

Confira a nota na íntegra

A Secretaria de Segurança informa que todo esforço é para preservar a vida. No entanto, durante o cerco aos assaltantes do Banco em Curimatá os policiais foram sempre recebidos a tiros pelos acusados e por isso teve que reagir de forma proporcional. Ressalta ainda que um policial militar piauiense foi baleado durante o confronto. Os assaltantes estavam armados com fuzis, armas de alto poder letal, o que mostra que estavam dispostos a não obedecer à ordem de prisão dos policiais do Piauí, Pernambuco e Bahia. Além disso, sempre que tiveram oportunidade fizeram reféns e agiram com extrema violência.

A SSP-PI compreende a dor das famílias, mas acredita que contribuem mais pedindo que seus parentes se rendam e deponham as armas.

O cerco aos três fugitivos continua. O objetivo é prendê-los e entregar à Justiça como já aconteceu como outros seis acusados presos pelas forças de segurança.


Policial baleado

Fábio Abreu também informou que durante um confronto com os assaltantes um policial do município de Corrente foi atingido por um disparo no tórax. “A população precisa saber que um policial nosso foi baleado e hospitalizado por ação deles”, contou o secretário que ainda informou que o policial já recebeu alta e passa bem.

Cinco mortos

Até o momento, cinco assaltantes foram mortos durante confrontos com a polícia. O primeiro deles aconteceu ainda no dia do assalto, outros dois morreram na última terça-feira, 10 de maio, o quarto veio a óbito ontem e o último, apontado com o chefe da quadrilha, morreu na manhã de hoje.  

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