Grupos a favor e contra o PL 20/2016 manifestaram sua opiniões durante sessão, na Câmara Municipal de Teresina, nesta quarta-feira (20). O projeto de autoria da vereadora Cida Santiago proíbe a distribuição e divulgação de material didático contendo manifestações da ideologia de gênero nas escolas da rede pública municipal e provocou discussões desde que foi apresentado.
Em sua fala na tribuna, a vereadora Cida fez citação ao projeto e recebeu apoio de professores, psicólogos e cristãos que estavam no plenário da Casa. Jennyane Vasconcelos é evangélica e a favor do projeto. “Se você parar para pensar, uma criança pequena não tem a mente aberta para isso, ela vai imitar tudo que ela achar que é correto, o que o adulto vai dar de padrão para ela”, justificou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Vitor Kozlowski
Vítor Kozlowski, presidente do Conselho Municipal LGBT, discorda do projeto. “O argumento deles é incoerente de que as crianças vão de alguma forma ser influenciadas a serem homossexuais ou a se masturbarem, justamente porque todas essas questões sempre existiram. Nenhuma criança vai ser influenciada, sabe qual vai ser a influencia principal da criança? Respeito, é muito simples”, argumentou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Sandra Ramos
A psicopedagoga Sandra Ramos, defende que a discussão é inapropriada para a infância. “Não somos um movimento homofóbico ou fundamentalista, nós estamos querendo é proteger a infância. Os livros são colocados como sugestão de orientações ao professor, os pais não tem acesso. E essa ideologia é colocada de forma bem sutil, para que a gente não perceba, é ideologia mesmo não é relação de gênero que está sendo discutido”, relatou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Cartilha
Sandra Ramos é autora da cartilha “Ideologia de gênero: um cavalo de Tróia”, que explica como a discussão está sendo inserida nos matérias didáticos infantis. E se posiciona contra trechos em que a criança é induzida a estimular o corpo sexualmente.
Imagem: Lucas Dias/GP1Cartilha traz exemplos recorte dos livros didáticos sugeridos pelo MEC
O Projeto de Lei é subscrito pelos vereadores Ananias Carvalho, Celene Fernandes, Joninha , Ricardo Bandeira, Teresa Britto, Antônio Aguiar, Levino de Jesus e Tiago Vasconcelos. O texto já foi aprovado em duas votações, pela maioria dos vereadores, mas foi reenviado à a Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, onde será reavaliado.
Imagem: Lucas Dias/GP1Cartilha traz exemplos recorte dos livros didáticos sugeridos pelo MEC
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