Em entrevista ao GP1 a vereadora Rosário Bezerra (PT) falou sobre a crise política e financeira que o país tem passado. A vereadora criticou o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), por tentar prejudicar o país com decisões que aumentam a crise financeira do país e disse que a presidente Dilma está sendo vítima de um "terrorismo" para tentar lhe tirar do poder.
Recentemente um grupo de deputados federais lançou o movimento pró-impeachment com o intuito de colher assinaturas e pressionar Eduardo Cunha para abrir investigações contra Dilma Rousseff.
Rosário Bezerra afirma que “não existem evidências jurídicas que possam tirar a presidenta Dilma Rousseff do comando do Brasil. Existe uma crise no país, uma insegurança política provocada pelos escândalos de corrupção em órgãos do governo federal. Soma-se a isso a instabilidade econômica, que não é uma realidade apenas do Brasil. Vale ressaltar que o país não é comandado apenas pelo PT, existe uma base. As pessoas envolvidas nos escândalos de corrupção não são apenas do atual governo. O que existe é uma tentativa de fazer terrorismo, como se o Brasil não tivesse salvação para a crise política e econômica. Isso é injusto se lembrarmos de todos os avanços sociais conquistados pelas classes C, D e E nos últimos 12 anos. Na verdade, poucos governos como o da presidenta Dilma colaboraram dessa forma para desbaratar crimes de corrupção”.
“Eu sei que tem parte do Congresso que aposta no afastamento da presidente. Agora eu quero fazer o seguinte comparativo. Na época do impeachment do ex-presidente Collor, a conjuntura era outra. A população brasileira era totalmente a favor do impeachment do ex-presidente Collor. Os sindicalistas, a igreja, a sociedade civil e organizada, os estudantes eram totalmente favoráveis. A situação era outra. Hoje com a presidente Dilma a situação é outra. Essas instituições sindicais e civis não são favoráveis ao impeachment. Existe um bloco da sociedade que não está favorável ao afastamento da presidente Dilma, que quer que ela conclua o mandato, e que se convoquem as eleições só daqui a quatro anos. Eu sou favorável que se preserve a democracia”, declarou.
Congresso trabalhando contra Dilma
Segundo a vereadora muitos aliados que deveriam apoiar a presidente, não estão trabalhando a favor do governo. “A questão do poder oscila bastante porque existem grupos que não querem sair do poder de forma alguma. Ás vezes se [a presidente Dilma] está caminhando para uma solução e tem um grupo que não aceita aquela solução. A presidente Dilma tem procurado contornar ouvindo sugestões dos ministros, da população, ela tem procurado ouvir, implementar, mas nós sabemos que parte do Congresso, mesmo se dizendo aliada, está em rota de coalisão com a presidente. Inclusive o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, que desde o início se posicionou contrário, que disse que não ia ser fácil a vida da presidente no congresso e ele tem cumprido isso. De não facilitar a vida da presidente, embora a responsabilidade dele seja também com o país”, destacou.
Medidas tomadas por Dilma
“Ela tem procurado tomar medidas que são sugeridas pelo seu corpo de ministros. Ela tem procurado colocar em prática essas medidas, porque ela tem responsabilidade com o país. Ela quer que se resolva, mas existe uma disputa de poderes interna que atrapalha as decisões externas”, explicou.
Recentemente um grupo de deputados federais lançou o movimento pró-impeachment com o intuito de colher assinaturas e pressionar Eduardo Cunha para abrir investigações contra Dilma Rousseff.
Rosário Bezerra afirma que “não existem evidências jurídicas que possam tirar a presidenta Dilma Rousseff do comando do Brasil. Existe uma crise no país, uma insegurança política provocada pelos escândalos de corrupção em órgãos do governo federal. Soma-se a isso a instabilidade econômica, que não é uma realidade apenas do Brasil. Vale ressaltar que o país não é comandado apenas pelo PT, existe uma base. As pessoas envolvidas nos escândalos de corrupção não são apenas do atual governo. O que existe é uma tentativa de fazer terrorismo, como se o Brasil não tivesse salvação para a crise política e econômica. Isso é injusto se lembrarmos de todos os avanços sociais conquistados pelas classes C, D e E nos últimos 12 anos. Na verdade, poucos governos como o da presidenta Dilma colaboraram dessa forma para desbaratar crimes de corrupção”.
Imagem: Lucas Dias/GP1Rosário Bezerra
Para a vereadora, a situação que o país vive hoje é diferente da época em que o ex-presidente Collor sofreu impeachemnt. “Eu sei que tem parte do Congresso que aposta no afastamento da presidente. Agora eu quero fazer o seguinte comparativo. Na época do impeachment do ex-presidente Collor, a conjuntura era outra. A população brasileira era totalmente a favor do impeachment do ex-presidente Collor. Os sindicalistas, a igreja, a sociedade civil e organizada, os estudantes eram totalmente favoráveis. A situação era outra. Hoje com a presidente Dilma a situação é outra. Essas instituições sindicais e civis não são favoráveis ao impeachment. Existe um bloco da sociedade que não está favorável ao afastamento da presidente Dilma, que quer que ela conclua o mandato, e que se convoquem as eleições só daqui a quatro anos. Eu sou favorável que se preserve a democracia”, declarou.
Imagem: Foto: DivulgaçãoDilma Rousseff
Para a petista a situação atual do Brasil não é boa, mas não é o impeachment que irá resolver essa crise financeira. “Que se fortaleça a oposição que se estava fazendo a presidente e daqui a quatro anos, se a oposição se qualificar, que se candidate as eleições, mas que o compromisso é de completar o mandato já iniciado e que essa crise econômica não tem origem no nosso país, é uma consequência da crise na Europa que em determinado momento foi bastante profunda e atingiu todos os países, inclusive o Brasil, e que junto com a presidente estamos tentando contornar. Eu por isso acredito que a gente deve trabalhar para concluir o mandato”, afirmou a vereadora em entrevista ao GP1.Congresso trabalhando contra Dilma
Segundo a vereadora muitos aliados que deveriam apoiar a presidente, não estão trabalhando a favor do governo. “A questão do poder oscila bastante porque existem grupos que não querem sair do poder de forma alguma. Ás vezes se [a presidente Dilma] está caminhando para uma solução e tem um grupo que não aceita aquela solução. A presidente Dilma tem procurado contornar ouvindo sugestões dos ministros, da população, ela tem procurado ouvir, implementar, mas nós sabemos que parte do Congresso, mesmo se dizendo aliada, está em rota de coalisão com a presidente. Inclusive o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, que desde o início se posicionou contrário, que disse que não ia ser fácil a vida da presidente no congresso e ele tem cumprido isso. De não facilitar a vida da presidente, embora a responsabilidade dele seja também com o país”, destacou.
Imagem: Agência BrasilEduardo Cunha
Segundo a vereadora, o Congresso ao votar medidas que prejudicam a presidente, também estão prejudicando o país. “Então o Congresso tem muita responsabilidade na medida que aprova reajuste para servidores, sabendo que o governo vive uma crise econômica, e que é uma contradição. Sabemos que o reajuste é justo, mas se é para diminuir custeio, como é que se aumento o salário, se é para diminuir o custeio?. Então é uma crise que depende do Congresso, mas parece que o Congresso quer intensificar essa crise. Não digo todo o Congresso, mas parte dele, principalmente encabeçado pelo Eduardo Cunha”, afirmou Rosário.Medidas tomadas por Dilma
“Ela tem procurado tomar medidas que são sugeridas pelo seu corpo de ministros. Ela tem procurado colocar em prática essas medidas, porque ela tem responsabilidade com o país. Ela quer que se resolva, mas existe uma disputa de poderes interna que atrapalha as decisões externas”, explicou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Rosário Bezerra
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |