Segurança Pública estava em situação deplorável, diz Fábio Abreu

O GP1 inicia nesta semana uma série de matérias sobre a Segurança Pública do Estado do Piauí. Na primeira matéria, vamos falar sobre a situação que o secretário Fábio Abreu (PTB) encontrou a segurança no início do ano.

Fábio Abreu, capitão reformado da Polícia Militar, onde ganhou destaque pela sua atuação no Rone, tomou posse como secretário de Segurança Pública em março deste ano. Ele não assumiu em janeiro, porque precisava tomar posse como deputado federal e fazer a destinação das suas emendas na Câmara Federal. A delegada Eugênia Villa assumiu interinamente como secretária de Segurança, até a posse de Fábio Abreu.

Segundo Fábio Abreu, os altos índices de criminalidade registrados no final de 2013 e em todo o ano de 2014 deixaram para ele e sua equipe um cenário difícil de se trabalhar. Para ele, a Segurança Pública estava em uma situação deplorável.

“A segurança no início do ano estava em uma situação deplorável, principalmente na parte dos índices de criminalidade, nós tivemos o pior ano da história do Estado na segurança pública no final do ano de 2013 e em 2014. Pelos levantamentos foi um ano ruim para a segurança pública e a partir daí herdamos essa questão e desde essa época começamos a trabalhar a diminuição desses índices”, disse.

O Delegado Geral da Polícia Civil, Riedel Batista, confirmou os problemas relacionados aos índices de criminalidade, principalmente ao altos números de homicídios registrados quando assumiu em janeiro. Em relação aos crimes violentos, foram registrados 684 homicídios em 2014, contra 501 registrados em 2013.

“Encontramos os índices de criminalidade muito altos, principalmente em relação aos homicídios, a roubo de veículos, a estabelecimentos comerciais e a residências. O ano de 2014 foi um ano em que os dados estavam muito acima da média. Entramos em janeiro de 2015 com essa situação”, afirmou o delegado em entrevista ao GP1.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública referentes a 2014, Teresina apareceu como a sexta cidade mais violenta o Brasil com taxa de 53,1 mortes a cada 100 mil pessoas. Ficando atrás apenas de Fortaleza, que apareceu em primeiro lugar, seguido de Maceió, São Luís, Natal e João Pessoa.

Nesse ano, o Fórum apontou que apenas três unidades da federação diminuíram a verba destinada à segurança foram elas: Mato Grosso, Piauí e Tocantins. O Piauí apareceu como o que teve o menor gasto do Brasil, tanto absoluto (R$ 59 milhões) quanto per capita, de R$ 18,48 por pessoa, muito abaixo da média nacional que é R$ 332,21.

Na quarta-feira (16), o GP1 vai continuar a série sobre segurança, mas dessa vez tratando sobre as ações realizadas pelo governo no início do ano, para enfrentar esses desafios iniciais.