A Justiça Federal, através da juíza Célia Regina Ody Bernardes, negou os pedidos de liberdade e de conversão de prisão preventiva para domiciliar feitos pela defesa do ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí, Halysson Carvalho Silva, preso, na última segunda-feira (26), por agentes da Polícia Federal durante a quarta fase da Operação Zelotes.
De acordo com a decisão, o pedido de liberdade foi indeferido por não existir nenhum fato novo que afaste a necessidade de prisão preventiva. A solicitação de conversão em prisão preventiva para prisão domiciliar foi justificado pela defesa em razão dos cuidados especiais que a filha de Halysson exige, o pedido também foi negado pela juíza, que justificou que o acusado não é “imprescindível’ aos cuidados da criança, uma vez que a mãe está apta a prestá-los”.
Clique aqui e confira a decisão
Advogado alega inocência de Halysson
Em entrevista ao GP1, o advogado de defesa de Halysson Carvalho Silva, João Alberto Soares Neto, afirmou que seu cliente é inocente e que ele nunca mandou e-mails ou fez ligações tentando extorquir empresas, como afirma a ação da Polícia Federal.
João Neto alega que o ex-diretor foi envolvido no caso erroneamente. “Na prova dos autos, a gente verificou que a juíza foi induzida ao erro pelo delegado da Polícia Federal, do Distrito Federal. Na própria representação, o delegado fala que o Hallysson é recorrente em erros gramaticais, até porque ele é uma pessoa que não é formada e os e-mails das ameaças para as empesas MMC e CAOA não possuem erros gramaticais, demonstrando a princípio que não foi ele que encaminhou os e-mails, mas sim alguém que se utilizou da identidade de Raimundo Lima. Já no telefone de DDD 31, de Minas Gerais, foi quebrado o sigilo de localização. Cada ligação que era feita, era registrada pela Estação Rádio Base, que registrou que todas as ligações foram realizadas em Minas Gerais. E o Hallysson nunca foi para Belo Horizonte na época das ligações, ou seja, o delegado incorreu em erro e acabou fazendo com que a juíza fosse levada a errar, sem que as provas levassem nenhum indício de autoria a ele”, declarou.
Operação Zelotes
Halysson Carvalho foi preso, na segunda-feira (26), durante a quarta operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal.
De acordo com a PF, as provas indicam que houve corrupção de agentes públicos para que uma lei que beneficiasse o setor automotivo fosse elaborada e, depois aprovada. No caso de Hallyson, se trata da Medida Provisória (MP) 471 que prorrogou incentivos tributários por cinco anos e beneficiou empresas do setor automobilístico. A MP foi aprovada pelo Senado em março de 2010 e sancionada pela Presidência da República. Montadoras de veículos estão sendo investigadas por envolvimento no caso, pois lobistas teriam negociado até R$ 36 milhões em pagamentos com montadoras de veículos para conseguir aprovação da MP no Congresso.
Segundo ação da Polícia Federal, Halysson teria extorquido a empresa MMC Automotores do Brasil Ltda exigindo o pagamento de US$ 1,5 milhão para não entregar um dossiê sobre o caso à imprensa ou para oposição do governo. A extorsão teria sido motivada por falta de pagamento da propina inicialmente negociada pelo consórcio SGR/Marcondes & Mautoni, que tinha expectativa de receber R$ 32 milhões. O caso é de outubro de 2010.
De acordo com a decisão, o pedido de liberdade foi indeferido por não existir nenhum fato novo que afaste a necessidade de prisão preventiva. A solicitação de conversão em prisão preventiva para prisão domiciliar foi justificado pela defesa em razão dos cuidados especiais que a filha de Halysson exige, o pedido também foi negado pela juíza, que justificou que o acusado não é “imprescindível’ aos cuidados da criança, uma vez que a mãe está apta a prestá-los”.
Imagem: DivulgaçãoEx-diretor da Fundac Halysson Carvalho
A magistrada deixou de apreciar o pedido de transferência de Halysson para Teresina, por entender que nos autos do processo não deixam claros onde o acusado está preso, se em São Paulo ou Brasília. A juíza determinou que a defesa do ex-diretor da Fundac e o Ministério Público Federal sejam intimados para esclarecer onde Halysson está preso. Clique aqui e confira a decisão
Advogado alega inocência de Halysson
Em entrevista ao GP1, o advogado de defesa de Halysson Carvalho Silva, João Alberto Soares Neto, afirmou que seu cliente é inocente e que ele nunca mandou e-mails ou fez ligações tentando extorquir empresas, como afirma a ação da Polícia Federal.
Imagem: Lucas Dias/GP1Advogado joão Neto
João Neto alega que o ex-diretor foi envolvido no caso erroneamente. “Na prova dos autos, a gente verificou que a juíza foi induzida ao erro pelo delegado da Polícia Federal, do Distrito Federal. Na própria representação, o delegado fala que o Hallysson é recorrente em erros gramaticais, até porque ele é uma pessoa que não é formada e os e-mails das ameaças para as empesas MMC e CAOA não possuem erros gramaticais, demonstrando a princípio que não foi ele que encaminhou os e-mails, mas sim alguém que se utilizou da identidade de Raimundo Lima. Já no telefone de DDD 31, de Minas Gerais, foi quebrado o sigilo de localização. Cada ligação que era feita, era registrada pela Estação Rádio Base, que registrou que todas as ligações foram realizadas em Minas Gerais. E o Hallysson nunca foi para Belo Horizonte na época das ligações, ou seja, o delegado incorreu em erro e acabou fazendo com que a juíza fosse levada a errar, sem que as provas levassem nenhum indício de autoria a ele”, declarou.
Operação Zelotes
Halysson Carvalho foi preso, na segunda-feira (26), durante a quarta operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal.
De acordo com a PF, as provas indicam que houve corrupção de agentes públicos para que uma lei que beneficiasse o setor automotivo fosse elaborada e, depois aprovada. No caso de Hallyson, se trata da Medida Provisória (MP) 471 que prorrogou incentivos tributários por cinco anos e beneficiou empresas do setor automobilístico. A MP foi aprovada pelo Senado em março de 2010 e sancionada pela Presidência da República. Montadoras de veículos estão sendo investigadas por envolvimento no caso, pois lobistas teriam negociado até R$ 36 milhões em pagamentos com montadoras de veículos para conseguir aprovação da MP no Congresso.
Segundo ação da Polícia Federal, Halysson teria extorquido a empresa MMC Automotores do Brasil Ltda exigindo o pagamento de US$ 1,5 milhão para não entregar um dossiê sobre o caso à imprensa ou para oposição do governo. A extorsão teria sido motivada por falta de pagamento da propina inicialmente negociada pelo consórcio SGR/Marcondes & Mautoni, que tinha expectativa de receber R$ 32 milhões. O caso é de outubro de 2010.
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