Os prefeitos piauienses realizaram nesta sexta-feira (11) uma paralisação com objetivo de chamar a atenção do governo federal sobre a situação que os municípios estão passando. O ato acontece em todo o Brasil e a Associação Piauiense de Municípios (APPM) realizou um encontro com os prefeitos e a bancada federal para falar sobre os problemas que estão enfrentando.
“Vamos fazer uma carta municipalista com pontos e questões simples, que resolveria em curto prazo a situação dos municípios. Queremos reivindicar o empenho dos deputados e senadores. Queremos pelo menos o aumento de 1% do FPM, a desoneração da previdência, onde o pequeno município chega a pagar 50% do FPM para a previdência. Outro ponto é que estamos sofrendo com a Lei da Responsabilidade Fiscal, queremos que seja revisto o cálculo com programas federais. São esses alguns dos problemas que vamos apresentar”, disse.
“Essa luta é absoluta e necessariamente justa, a desoneração feita pelo governo federal no IPI, por exemplo, só recai negativamente nos municípios. Isenção de IPI prejudica os municípios. Temos que defender a emenda constitucional que sobe de 23,5% para 25,5% o FPM e vamos nos focar nisso. O governo federal possui excelentes programas, mas que acaba recaindo pesadamente nos municípios”, disse Hugo Napoleão em entrevista ao GP1.
Prefeitos falam sobre dificuldades financeiras
Segundo Arinaldo Leal, poucos entendem e compreendem a situação que os prefeitos estão enfrentando.
“Os prefeitos não têm como se manter e uma mostra disso são os números. Se a gente recebe R$ 16 mil para investir nas máquinas que recebemos do governo federal, a realidade é que o gasto delas chega a R$ 20 mil. Então nem as máquinas temos condições de colocar para funcionar porque o gasto é maior do que nós recebemos. Programas federais também passam pela mesma coisa. Como no caso do Programa Saúde da Família, onde recebemos menos de R$ 11 mil, mas só o salário do médico chega a R$ 12 ou R$ 15 mil. Isso mostra os problemas que possuem esses programas federais”, relatou Arinaldo Leal.
“Façam alguma coisa por nós. Olha só a Carmem Lúcia que sentou em cima do projeto dos royalties e calou mais de 600 parlamentares, Ou vocês fazem alguma coisa ou as prefeituras vão fechar. O povo não quer saber da gente dizendo que não tem condições de pagar. Infelizmente se criou uma cultura onde todo político é ladrão e todo prefeito nada em dinheiro. Os prefeitos é que levam a pancada, somos o para-choque. Eu vivo na agonia”, disse Zé Resende.
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Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Encontro de prefeitos
O encontro teve a participação do senador Ciro Nogueira (PP), dos deputados Marcelo Castro (PMDB), Jesus Rodrigues (PT), Hugo Napoleão (PSD), Júlio César (PSD), Assis Carvalho (PT), Iracema Portela (PP), Átila Lira (PSB), Merlong Solano (PT), Marllos Sampaio (PMDB) e Gustavo Neiva (PSB). Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Assis, Iracema e Ciro
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Autoridades participaram do evento
Segundo o prefeito de Vila Nova do Piauí e presidente da APPM, Arinaldo Leal, a paralisação é um ato simbólico e afirmou que as prefeituras passam por grandes dificuldades financeiras e que durante a Marcha dos Prefeitos que será realizada em Brasília em maio vão entregar uma carta com reivindicações.“Vamos fazer uma carta municipalista com pontos e questões simples, que resolveria em curto prazo a situação dos municípios. Queremos reivindicar o empenho dos deputados e senadores. Queremos pelo menos o aumento de 1% do FPM, a desoneração da previdência, onde o pequeno município chega a pagar 50% do FPM para a previdência. Outro ponto é que estamos sofrendo com a Lei da Responsabilidade Fiscal, queremos que seja revisto o cálculo com programas federais. São esses alguns dos problemas que vamos apresentar”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Arinaldo Leal
Segundo o deputado Hugo Napoleão, a bancada federal entende as dificuldades que as prefeituras estão passando e que vão atuar no sentido de tentar ajudar nas reivindicações dos prefeitos.“Essa luta é absoluta e necessariamente justa, a desoneração feita pelo governo federal no IPI, por exemplo, só recai negativamente nos municípios. Isenção de IPI prejudica os municípios. Temos que defender a emenda constitucional que sobe de 23,5% para 25,5% o FPM e vamos nos focar nisso. O governo federal possui excelentes programas, mas que acaba recaindo pesadamente nos municípios”, disse Hugo Napoleão em entrevista ao GP1.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Hugo Napoleão
Prefeitos falam sobre dificuldades financeiras
Segundo Arinaldo Leal, poucos entendem e compreendem a situação que os prefeitos estão enfrentando.
“Os prefeitos não têm como se manter e uma mostra disso são os números. Se a gente recebe R$ 16 mil para investir nas máquinas que recebemos do governo federal, a realidade é que o gasto delas chega a R$ 20 mil. Então nem as máquinas temos condições de colocar para funcionar porque o gasto é maior do que nós recebemos. Programas federais também passam pela mesma coisa. Como no caso do Programa Saúde da Família, onde recebemos menos de R$ 11 mil, mas só o salário do médico chega a R$ 12 ou R$ 15 mil. Isso mostra os problemas que possuem esses programas federais”, relatou Arinaldo Leal.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Arinaldo Leal
O prefeito Zé Resende, de Boa Hora, fez duras críticas e pediu ajuda da bancada federal.“Façam alguma coisa por nós. Olha só a Carmem Lúcia que sentou em cima do projeto dos royalties e calou mais de 600 parlamentares, Ou vocês fazem alguma coisa ou as prefeituras vão fechar. O povo não quer saber da gente dizendo que não tem condições de pagar. Infelizmente se criou uma cultura onde todo político é ladrão e todo prefeito nada em dinheiro. Os prefeitos é que levam a pancada, somos o para-choque. Eu vivo na agonia”, disse Zé Resende.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Prefeito Zé Resende de Boa Hora
Outro prefeito que se manifestou foi o de Murici dos Portelas, Ricardo Sales. O prefeito afirmou que a situação da prefeitura é crítica, pois o valor do FPM está sendo muito baixo e que é preciso pelo menos um aumento de 1%, para ajudar as prefeituras. Ele disse ainda que tem dificuldades em pagar os servidores e que tem exonerado vários funcionários e alguns secretários estão até acumulando secretarias porque não tem condições de pagar mais servidores.Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Prefeito Ricardo Sales da prefeitura de Murici dos Portelas
“O povo nos elegeu e ele não que saber das dificuldades, ele quer que a gente resolva os problemas. Eu faço milagre na folha de pagamento. Estamos angustiados e em uma situação, que eu não consigo dormir mais. A conta da nossa folha de pagamento é altíssima e daqui a pouco vai ficar só eu e o vice trabalhando. Todos os municípios estão em uma situação crítica e a previdência é um dos pontos que mais tem prejudicado. O caso do município de Boa Hora é um dos mais críticos. A prefeitura chega a receber R$ 250 mil do FPM, onde cerca de R$ 200 mil são somente para pagar a previdência. Então eu estou tentando reorganizar o meu município, mas sozinho não dá”, disse Ricardo Sales.Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Encontro de prefeitos
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