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Polícia revela participação de políticos e empresários em esquema de prostituição pela internet

Segundo a polícia Renato Rosberg chegava a ganhar entre R$ 300 e mil reais em cada encontro, pois o valor dependia do perfil do cliente e das garotas.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (01) a na Delegacia Geral, a polícia divulgou detalhes do esquema realizado por Renato Rosberg Figueiredo de Morais, acusado de agenciar garotas de programa em Teresina.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Coletiva de impresa(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Coletiva de impresa
Segundo a delegada Cristiane Vasconcelos, da Delegacia de Crimes de Alta Tecnologia (Dercat), as investigações começaram, após denúncia de uma jovem que teve sua imagem veiculada ao esquema.
 
"Ela nos procurou e informou o que havia acontecido. tanto ela quanto a família ficaram revoltados quando tomaram conhecimento. Então começamos a investigar para saber se havia um esquema montado e ficamos sabendo que funciona desde 2010", explica Cristiane Vasconcelos.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral
As investigações datam de dezembro de 2013. Durante o processo a polícia descobriu um cartão corporativo utilizado pelo agenciador para pagamento de um motel, onde eram marcados os encontros. "O valor gasto com o cartão foi de R$ 3 mil reais. Agora será aberto outro inquérito para saber se existem agentes públicos participando do esquema", disse a delegada.
 
Segundo a polícia 19 garotas entre 18 e 25 anos participavam do esquema. Elas são todas universitárias que trabalham, mas realizam os programas para complementar a renda. Segundo a polícia todas são belas e atraentes mulheres.
 
Renato Rosberg informou durante depoimento que trabalha na prostituição há quatro anos e meio e por isso, já era conhecido. "Ele disse que as garotas procuravam ele, dizendo que precisavam de dinheiro. Mas tudo isso será investigado", conta Cristiane Vasconcelos.
 
A polícia informou ainda que através de interceptação telefônicas realizadas durante as investigações, ficou comprovada a participação de políticos, empresários e profissionais liberais. "Tivemos informação de uma orgia realizada em um sítio com participação de um procurador do Estado", revela a delegada.
 
O agenciador era responsável pelo agendamento dos encontros, pois exigia que o intermédio fosse feito por ele. Segundo a polícia Renato Rosberg chegava a ganhar entre R$ 300 e mil reais em cada encontro, pois o valor dependia do perfil do cliente e das garotas. Também era de sua responsabilidade levar as garotas ao local do encontro.
 
De acordo com a delegada Cristiane Vasconcelos, até o momento não foi identificado a participação de menores no esquema. Ela também explica por que Renato Rosberg foi preso, visto que prostituição praticada por maiores de idade não é considerado crime no Brasil.
 
"Ele cometeu crimes como rufianismo e vantagem de lucro sobre a prostituição alheia. Não é crime a pessoa se prostituir, mas no caso dele ele tirava proveito, pois ele ganhava dinheiro ao agendar os encontros, por isso, ele foi preso", explica à delegada.

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