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Oficial de Justiça vai até Hospital de Urgências de Teresina com mandado de prisão contra médico

No entanto, o hospital já havia disponibilizado a vaga na UTI e o médico não foi preso.

O diretor clínico do Hospital de Urgências de Teresina, Cleriston Moura, foi recebido por um oficial de justiça na noite de ontem (06) em posse de um mandado de prisão, após a recusa do hospital em remanejar a paciente Andressa Araújo para uma Unidade de Terapia Intensiva em virtude do quadro de traumatismo crânio-encefálico.

A família da paciente requereu ao Ministério Público do Estado do Piauí e conseguiu que o hospital disponibilizasse a vaga, a fim de que fosse realizado o procedimento necessário ao paciente.

Em face da desobediência judicial, um oficial de Justiça retornou ao hospital para dar cumprimento ao mandado de prisão. No entanto, o hospital já havia disponibilizado a vaga na UTI e o médico não foi preso. Por ocasião de recusa à ordem estaria sujeito ainda ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil reais.

Também foi expedido mandado de prisão contra o médico do Hospital Getúlio Vargas, Mário Primo, por descumprimento de decisão judicial que determinava vaga em UTI para outro paciente. O médico também não chegou a ser preso.

O Hospital de Urgência de Teresina divulgou uma nota de esclarecimento, tratando sobre o fato envolvendo o diretor clínico do HUT. Confira a nota na íntegra.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha informa que a paciente Andressa Araújo deu entrada no hospital antes de ontem (05), às 22:00 horas. A paciente sofreu um traumatismo crânio-encefálico, foi operada e encontrava-se na sala de recuperação pós-anestésica.

Por volta das 23:30horas, oficial de justiça apresentou mandado judicial ao médico do HUT Dr. Clériston Moura solicitando vaga de UTI para o referido paciente. Ele estava acompanhado de um advogado e dois acompanhantes. Após meia hora, a paciente foi internada na UTI geral. As 05:00 horas, um oficial de justiça acompanhado da polícia militar retornaram ao hospital com um mandado de prisão ao Dr. Cleriston, ele no entanto não foi preso, a vaga na UTI já tinha sido disponibilizada.

Cumpre informar que na primeira visita, um dos acompanhantes que se encontravam com o oficial de justiça falaram ao Dr. Clériston que caso não colocasse a paciente na UTI ele teria que pagar multa no valor de R$10.000 (dez mil reais). O médico, em resposta, falou que não possuía essa importância em dinheiro e que a responsabilidade seria da gestão.

O acompanhante falou: “Pois você está fraco, porque tenho um parente que é médico em Fortaleza e ganha de R$ 50.000!” (cinquenta mil reais)”. O HUT repudia esse tipo de atitude desrespeitosa aos funcionários públicos e informa que a conduta é crime previsto no artigo 331 (crime de desacato) do Código Penal Brasileiro.

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