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Sindicato dos Engenheiros do Piauí analisa nova subdelegação com receio de colapso

Antonio Florentino irá se posicionar após a análise aprofundada do novo modelo, mas adianta alguns questionamentos

O Sindicato dos Engenheiros do Piauí (Senge-PI) iniciou a análise do novo projeto de subdelegação da Agespisa. Também foi solicitado um parecer do projeto a uma comissão de engenheiros da Agespisa e à Comissão de Saneamento da Federação Nacional dos Engenheiros, baseado nos modelos existentes no Brasil e à realidade do Piauí.

O presidente do sindicato, Antonio Florentino Filho, irá se posicionar após a análise aprofundada do novo modelo, mas adianta alguns questionamentos. "Em novembro, no primeiro projeto, o Governo determinou 30% de Teresina como área prioritária, agora a nova subdelegação determina 40%, sendo que áreas que eram prioridade hoje não são mais" indagou.

Florentino diz que há uma preocupação dos engenheiros e da sociedade com a possível privatização da Agespisa, além dos interesses financeiros e os reajustes tarifários "que serão inevitáveis".

O presidente da Agespisa, Antonio Filho, justificou que a retirada da Santa Maria da Codipi da área da empresa privada ocorreu porque há solicitação de recursos públicos em convênio no valor de R$ 260 milhões para obras no local. A medida é vista com estranheza pelo Senge-PI porque também há solicitação de recursos para a região do Grande Dirceu, mas mesmo assim a área foi destinada para a empresa subdelegataria.

Também há preocupação com os municípios do interior do Estado que são atendidos pela Agespisa. A tarifa social (de baixo valor) que é adotada nessas 160 cidades é baseada no subsídio cruzado, procedimento no qual a arrecadação superavitária dos grandes centros é utilizada para cobrir o déficit de recursos desses municípios e para o serviço técnico-operacional. "A retirada de quase metade de Teresina será a falência da empresa", afirmou o presidente do sindicato.

"Se 40% de Teresina vai para a subdelegação, qual será o impacto na queda de arrecadação de água para a Agespisa. Nesses 40% não têm cobertura de esgoto, mas e a água que vai sair da Agespisa? Isso vai interferir no saneamento de outras cidades e pode gerar um colapso no sistema", assegurou Florentino Filho.

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