Fechar
GP1

Piauí

Líder comunitário repudia matéria do UOL sobre moradores comendo ratos em Assunção do Piauí

Para Caetano Silva a matéria é recheada de inverdades e as fotos mostradas não são de moradores da comunidade

O líder comunitário da Comunidade Brejinho, de Assunção do Piauí, Caetano Silva, através de nota, repudiou reportagem veiculada no portal de notícias UOL. De acordo com a reportagem, pessoas da comunidade Brejinho estariam se alimentando de ratos como complemento na alimentação. Para Caetano Silva a matéria é recheada de inverdades e as fotos mostradas não são de moradores da comunidade, como também uma senhora citada, não mora no lugar.

Imagem: ReproduçãoLíder comunitário José Caetano Silva(Imagem:Reprodução)Líder comunitário José Caetano Silva

Confira a nota na íntegra:

Gostaria aqui, como defensor da cultura local de Assunção do Piauí e líder comunitário membro do Conselho Municipal e Estadual de Segurança Alimentar, INVALIDAR a reportagem postada e feita sem nenhum caráter, abordando os seguintes pontos:

- INVERDADES

1° - A foto usada na matéria não pertence a nenhum dos moradores de Assunção do Piauí, muito menos em Brejinho, conheço a todos do município.

2° - No Brejinho de Assunção do Piauí não existe nenhuma pessoa de nome "Francisca Ramos da Silva".

3° - Na comunidade Brejinho, neste município, mais de 16 hectares de terras embrejadas e plantadas de macaxeiras, bananas, mamão, coco, manga, cana-de-açúcar e outras fruteiras e, além do mais todas às famílias são assalariadas, ou através de serviço público, ou aposentadoria, ou pensão por morte ou da criação de caprinos e ovinos. Além do mais, mesmo tendo como sobreviver, muita gente muitas famílias recebem o bolsa família que, inclusive chega até incluir o "iogurte" na cesta básica.

4° - Não existe, nesta comunidade Brejinho e, eu moro aqui todos os dias, nenhuma família vivendo sem, no mínimo, as três refeições por dia, tendo que para sobreviver capturar "rabudo".

5° - Dizer que "rabudo" faz mal a saúde é outra grande mentira, este roedor assado na brasa com tapioca é o melhor cardápio da região, eu mesmo fui criado comendo "rabudo" como complemento das refeições, tenho 34 anos e desconheço qualquer pessoa da minha região que tenho atraído, quaisquer que seja, algum tipo de doenças depois de ter comido carne de rabudo.

- VERDADES

1° - A seca está castigando Assunção do Piauí em 2013, pelo terceiro ano consecutivo e, algumas espécies da caatinga estão desparecendo.

2° - Comer carne de "rabudo" capturado nestas armadilhas é uma tradição centenária e um robe para muitos garotos e famílias da região, pense numa farofa boa!, muitos turistas procuram este roedor para tirar gosto da cachaça.

3º - Antes de 2003, ou melhor, antes do Governo Lula, muitas famílias passavam fome em Assunção do Piauí, uma das comunidades mais sofridas era a Comunidade Quilombola Sítio Velho, 90% das mortes na comunidade era desnutrição e mortalidade infantil (Fome). Hoje mais de 100% das famílias de Assunção do Piauí e Sítio Velho recebem o Bolsa Família, tem família recebendo mais R$ 700,00 mensal do programa, inclusive em Sítio Velho, 10 anos depois de Governo Lula, já existe domicílios com instalações de "ar-condicionado" e até moradores possuindo Pick-up Hilux.

- CONCLUSÃO

Concluo dizendo que, a equipe de reportagem que fez a entrevista com o Sr. Genival Bezerra, morador de Brejinho, apurou informações acerca da Caverna da Fumaça e que a história dos rabudos seriam informações a parte e que várias fotos foram tiradas da comunidade. Inclusive várias fotos da Comunidade Brejinho estão expostas na GALERIA DE FOTOS do site "www.assuncaolivre.com" para o público tomar conhecimento. Quem, por tanto, editou e publicou esta matéria teve, se não, a pura intenção de DENEGRIR A IMAGEM da comunidade e dos moradores que habitam nela.

É o meu repúdio.

José Caetano da Silva.

Com informações do Portal CDP

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.