Vereadores picoenses abandonam o trabalho e sessão não acontece pela terceira vez consecutiva

Em demonstração clara de desrespeito a comunidade, a maioria dos vereadores picoenses não compareceu mais uma vez ao trabalho e a sessão ordinária desta quinta-feira, 30 de agosto, não foi realizada por falta de quórum.
Pela terceira semana consecutiva não acontece a sessão ordinária da Câmara Municipal de Picos em razão do não comparecimento dos vereadores. No dia 16 de agosto faltaram todos os dez parlamentares. Dia 23 compareceram apenas três e nesta quarta-feira, 30, somente quatro estiveram presentes.
A sessão ordinária da Câmara Municipal de Picos é realizada uma vez por semana, às quintas-feiras, com início às 15 horas e 15 minutos de tolerância. Nesta quarta-feira, no horário previsto para a abertura dos trabalhos estavam presentes quatro vereadores. Antonio Afonso Santos Guimarães (PP), Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), Edilson Alves de Carvalho (PTB) e Manoel Vieira de Barros Lima (PMDB).
Estavam ausentes o presidente da Câmara, Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB), Diógenes Nunes Medeiros (PPS), José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (PSB); Francisco de Assis Pio da Silva, o Titico (PP), Francisco Gonçalves Filho, o Chico de Chicá (PMDB) e Edvaldo José de Moura, o Didi Mocó (PV).
Em campanha para a reeleição, quatro dos dez parlamentares com assento na Câmara Municipal de Picos não compareceram a nenhuma das três últimas sessões. Foram eles Iata Rodrigues (PSB), Diógenes Medeiros (PPS), Chico de Chicá (PSB) e Rinaldinho (PSB).

Interferência

Questionado sobre as constantes ausências dos vereadores picoenses às sessões ordinárias, o promotor Marcelo de Jesus Monteiro Araújo disse tratar-se de um ato interna corporis, em síntese, aquilo que só interessa ao próprio órgão ou ente público e que não está sujeito a interferências externas.
“Eu não posso, enquanto membro do Ministério Público, interferir nos trabalhos do poder legislativo municipal, pois aí é um ato interna corporis, ou seja, uma questão interna àquele poder. Se as sessões estão acontecendo ou não, isso deve ser resolvido pela mesa diretora da Câmara”, explicou o promotor Marcelo de Jesus.

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