Diretores do Sinpolpi se reúnem com presidente da OAB do Piauí Sigifroi Moreno

Diretores do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (20) com o presidente da OAB-Piauí, Sigifroi Moreno.

A diretoria foi pedir o relatório feito pela Comissão dos Direitos Humanos da OAB sobre presos custodiados nos distritos policiais do estado que constatou a superlotação. Em reunião com o promotor Eloi Pereira de Sousa Junior foi pedido que o Sindicato apresentassem todos os documentos relacionados ao problema.


Sigifroi Moreno se comprometeu a entregar o relatório ao Sindicato que ajuizará uma ação civil pública no Ministério Público para que o problema seja resolvido. A OAB também se ofereceu para funcionar como assistente nesse caso.

Segundo o sindicato, os policiais civis estão sofrendo um desvio de função já que eles têm que ficar vigiando presos e deixam de investigar os crimes.


Um exemplo dado pelo presidente do sindicato, Cristiano Ribeiro, é o 11ºDP que possui, hoje, 82 casos de homicídios em aberto, por que os policiais não têm condições de investigar por que além de não terem estrutura ainda têm que vigiar presos. “Isso causa insegurança à sociedade”, disse Cristiano.

OAB

Sobre o relatório, o presidente da OAB Sigifroi Moreno disse: "Nós constatamos uma situação muito séria no âmbito das delegacias do nosso estado. A polícia civil hoje no estado do Piauí está trabalhando em desvio de função, além de estar cumprindo o seu papel, em tese deveria estar cumprido papel que é no sentido de apurar e reprimir o cometimento de crimes, tá funcionando como carcereira".


"A policia civil do estado do Piauí pelo fato de estar recebendo nas suas delegacias presos que estão custodiados há dias, meses em delegacias, tem trazido um desvirtuamento do papel da policia civil, do agente de policia, do delegado de polícia e isso tá trazendo um prejuízo muito grande pra sociedade. Aqueles que deveriam estar na rua evitando o cometimento de crimes e apurando o cometimento deles estão fazendo um papel inverso que é custodiando presos em delegacias", criticou Sigifroi.

Para Sigifroi essa situação é séria e muito grave: "Isso é um quadro muito sério e nós solicitamos com base nesse relatório que foi feito, o encaminhamos para várias autoridades, inclusive o Ministério Público, solicitando uma medida bem drástica no sentido de se evitar, de se obstar que presos continuem em delegacias em teresina".


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