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Piauí

Representantes da OAB entram com representação contra policiais acusados de agredir dois advogados

Os dois teriam sido conduzidos no carro da Rone até a Central de Flagrantes. O caso foi acompanhado pela Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados desde a delegacia

A OAB-PI ingressou ontem (24), com representações disciplinar e criminal na Corregedoria da Polícia Militar do Piauí e no 8º Distrito Policial, respectivamente, contra cinco policiais militares acusados de agredir os advogados Francisco Abelar Prado e Fernando Alencar, fato ocorrido no início de fevereiro.

Os documentos relatam que os advogados foram detidos ilegalmente, enquanto atendiam a um cliente, sob a acusação de crime de desacato, desobediência e resistência à prisão. Os dois teriam sido conduzidos no carro da Rone até a Central de Flagrantes. O caso foi acompanhado pela Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados desde a delegacia, onde representantes da Ordem estiveram presentes para intervir em defesa das prerrogativas dos profissionais.

A comitiva da OAB-PI, formada pelo secretário da Comissão de Defesa das Prerrogativas, Luiz Cordeiro, a integrante da Comissão, Eleandra Silva Passos, e por um dos denunciantes, foi recebida pelo Corregedor da Polícia Militar, coronel Sidney Pires, e pelo delegado do 8º DP, Jefferson Calume, os quais se comprometeram a tomar as providências cabíveis na apuração da denúncia.

“Tivemos um indicativo positivo em relação às investigações. Na sede da Polícia Militar, reforçamos a sugestão de um diálogo permanente entre a Ordem e o Comando Geral no sentido de harmonizar o entendimento sobre as prerrogativas e as disciplinas éticas que os policiais precisam ter no melhor tratamento dos advogados", ressaltou Luiz Cordeiro.

Os representantes da Ordem também entregaram uma representação disciplinar na Corregedoria da Polícia Militar contra outros policiais militares acusados de abuso de autoridade, e uma representação criminal na Procuradoria Geral do Estado referente à denúncia de exercício ilegal da profissão de advogado.
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