Imagem: Francyelle Elias/GP1Desocupação no Jacinta Andrade
A polícia militar iniciou nesta terça-feira (18) a desocupação de 116 casas localizadas na Jacinta Andrade que teriam sido invadidas por pessoas que não foram sorteadas pela Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) do Piauí. A ação e teve a participação da cavalaria, do tropa de choque, do BPRone, de uma ambulância do Copo de Bombeiros, além de membros da ADH e do Ministério Público.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Cavalaria
O despejo aconteceu de maneira calma, apenas com alguns protestos dos moradores que afirmaram não terem sidos avisados sobre as ordens de despejos. Carros de mudança foram acionados para ajudar.
Imagem: Francyelle Elias/GP1Família desocupa casa
Segundo Anísia Teixeira, que faz parte da Associação de Moradores na Jacinta Andrade, afirmou que aceita a ordem de despejo está acontecendo de maneira irregular e que não são os ocupantes das casas que devem ser despejados e sim os donos, que venderam ou alugaram, as residências.
“A maioria dessas famílias só estão aqui porque essas casas foram vendidas, alugadas ou cedidas, então o despejo não devia ser para eles. Não fomos informados sobre as ordens de despejo, é preciso haver mais transparência e muitas dessas pessoas não têm para onde ir. O que vai acontecer com elas?”, disse Anísia Teixeira.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Anísia Teixeira
De acordo com o advogado Igor Miranda, da ADH, a desocupação das 116 famílias faz parte de uma primeira etapa. Logo após o despejo, outras famílias devem sair do local. “Essas casa foram invadidas sem permissão da ADH, ainda tem casas que não foram entregues, então eles precisão desocupar”, disse.
Sobre o fato de muitos dos “invasores” estarem ocupando as casa porque elas foram vendidas ou alugadas, o advogado afirmou que a ADH vai tomar uma posição em relação a isso.
“Eles não podem invadir as casas e nem elas poderiam ser cedidas. Então primeiramente vamos desocupar as casas, depois vamos abrir um procedimento administrativo para investigar essas pessoas que foram sorteadas e depois cederam essas casas. Se elas fizeram isso é então porque não precisam, então as casas devem ser repassadas para outras pessoas”, disse o advogado Igor Miranda em entrevista ao portal GP1.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Advogado Igor Miranda
Ministério Público reprova ação da ADH
Os promotores Antônio Rodrigues de Moura, Márlucia Evaristo Almeida e Mírian Lago participaram da ação. Segundo os promotores, eles não foram avisados sobre as ordens de despejo, já que participaram de toda a negociação, e afirmaram que só ficaram sabendo do fato através da televisão.
Imagem: Francyelle Elias/GP1Promotores Antônio, Mírian Lago e Marlúcia
“Nós estamos ressentidos de não termosç sido notificados sobre essa ação. Acompanhamos as negociações sobre o que aconteceu e esperávamos que pelo menos fôssemos avisados. Viemos até aqui porque queremos garantir a segurança dessas pessoas. Toda essa desocupação precisa ser feita de forma respeitosa, sem agressão e defendemos que essas pessoas que daqui foram retiradas, sejam recolocadas em outros programas de habitação”, finalizou o promotor.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Famílias em desocupação
Imagem: Francyelle Elias/GP1Policial mostra área de desocupação
Imagem: Francyelle Elias/GP1Caminhão de mudança
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