Apenas 432 policiais civis fazem a segurança de 223 municípios do estado, denuncia Sinpolpi

Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) afirma que o governo não tem dado estrutura para os policiais responsáveis pelas investigações necessárias para a elucidação de crimes no Estado.

Em entrevista ao portal GP1, o policial Constantino Júnior, diretor Jurídico do SINPOLPI, afirmou que a polícia civil dispõe de poucos policiais no seu quadro. Eles reivindicam um novo concurso para preencher as mais de 800 vagas que seriam necessárias para a polícia civil conseguir fazer uma segurança de qualidade.


De acordo com dados divulgados pelo policial civil, atualmente estão na ativa 1372 policiais, são 940 na capital e 432 para cobrir os 223 municípios do Piauí. “Com esse efetivo é quase impossível fazer segurança de qualidade, pois em cada delegacia são necessários de 3 a 4 policiais de plantão. Se em Teresina tem esse problema, no interior, várias cidades não tem se quer um policial civil. Tudo isso é uma falta de planejamento e de uma ação permanente de política pública”, disse o policial.



Outro problema apresentado pelo policial é a falta de concursos. Segundo Constantino, em 2000, o governador Mão Santa realizou concurso e convocou mais de 500 policiais. Desse número cerca de 170 ainda estão na ativa. O mesmo aconteceu com o último concurso realizado no governo Wellington Dias, que chamou 80 agentes. “O grande problema é que a maioria depois de passar no concurso, acaba saindo após passar em outros concursos que tem melhores condições de trabalho. A polícia civil está envelhecida, a maioria tem mais de 20 anos de carreira, é preciso dar uma renovada”, disse o policial Constantino.


O policial afirma que sem a realização de concursos, a segurança do Estado fica debilitada e quem sofre é a população. “O nosso efetivo é pequeno para atender a demanda. A polícia civil passa por uma situação delicada e quem vai sofrer é a população”, finalizou o policial Constantino Júnior, em entrevista ao portal GP1.